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Mestres da Obra – Primeiro Dia

Olá a todos, boa noite.

Acabo de voltar do meu primeiro dia no projeto Mestres da Obra muito satisfeita e com muita vontade de trabalhar ainda mais.


Apresentando o projeto


Cortando a árvore


Começando a pintura

É incrível isso, vocês não acham? Quando encontramos uma motivação verdadeira parece que nada mais pode nos deter. Eu tenho sentido isso com meu trabalho ultimamente… ando tão em paz com ele, numa sintonia tão positiva, que não sinto vontade de fazer outra coisa…

Bem, mas hoje não vou falar do meu trabalho, quero falar desse projeto, o Mestres da Obra, que é uma iniciativa muito interessante.


Cartaz do projeto

Abaixo vocês poderão ver uma pequena amostra das obras que já foram criadas pelo projeto, todas feitas a partir de materiais encontrados no próprio canteiro de obras. Essa é a única condição para as atividades do ateliê, utilizar os materiais com os quais eles têm contato diário.

O projeto funciona assim: após acerto com a construtora que vai “adotar” o projeto por um tempo determinado (pode ser por um período qualquer ou pelo tempo de duração da obra), os responsáveis montam, no canteiro, uma oficina, um pequeno galpão que funcionará com ateliê.

Os encontros acontecem ali, uma vez por semana, entre os funcionários voluntários que desejarem participar e os orientadores. A construtora se compromete a liberar os funcionários do trabalho pelo período das aulas, que duram 2 horas.

Os orientadores podem ser os arte-educadores do próprio projeto ou artistas convidados, como é o meu caso. Os módulos costumam ter a duração de 4 encontros, ou seja, um mês. E cada módulo apresenta uma proposta particular. Em um módulo os alunos podem aprender sobre a técnica da xilogravura, por exemplo. E em outro, o estudo das cores.

Para os participantes a importância do projeto é justamente sua interação com a arte. Vivendo em um mundo tão duro e árido, como é o da construção civil, os participantes encontram ali oportunidade única de contato com um mundo completamente distinto, de arte e criatividade, da beleza e da transformação.

Há também outro aspecto interessante que é o do relacionamento entre eles. É muito comum no segmento da construção civil uma rotatividade de funcionários muito grande, o que acaba atrapalhando a interação dos próprios funcionários. Ao dividirem o espaço e seu tempo no ateliê, esses profissionais passam a se relacionar mais e com melhor qualidade.

Todas as obras, construídas pelos funcionários dos canteiros fazem parte do acervo do projeto, que já está em seu décimo ano. E de tempos em tempos esse acervo é exposto em locais tão distintos como as estações do metrô aqui em São Paulo, galerias de arte, eventos artísticos em diversas cidades brasileiras e museus. Os trabalhos dos Mestres da Obra também já foram expostos em Barcelona, na Espanha.

E essa atividade do ateliê é apenas uma das muitas iniciativas do projeto, que também conta com outras atividades artísticas, como o teatro, a música e a literatura, alfabetização para adultos, visitas monitoradas a museus e muito mais.

Para conhecer mais sobre o projeto, visite o site www.mestresdaobra.com.br

Amanhã, dia 05 de outubro, o projeto estará em uma reportagem no Bom Dia São Paulo, da TV Globo, a partir das 6h30. E eu trarei aqui no blog mais fotos e um pequeno vídeo feito em nosso primeiro encontro. Não percam!


Projeto Mestres da Obra

Olá a todos, bom dia!

Hoje é um dia especial, dia de coisa nova e coisa boa acontecendo por aqui…
Hoje eu começo minha participação no projeto Mestres da Obra, uma iniciativa muito bacana do arquiteto Arthur Zobaran Pugliese, de levar arte e educação aos canteiros de obra, ensinando os funcionários de obra (pedreiros, pintores, marceneiros) a produzir e experimentar arte em suas vidas.

No vídeo abaixo vocês poderão saber mais sobre o projeto:

http://terratv.terra.com.br/videos/Noticias/Brasil/4194-382576/Pedreiros-de-SP-fazem-arte-com-restos-de-construcoes.htm

Eu vou participar de quatro encontros, um por semana, durante todo o mês de outubro. E todas as participações serão gravadas – depois vou publicar aqui, naturalmente. Minha proposta é montarmos uma árvore com materiais retirados no canteiro de obras, e que depois será decorada com objetos também retirados de lá, finalizando tudo com pintura. Todos os participantes farão a mesma árvore. Acho que vai ficar muito bom!

Então aguardem os próximos posts.


Arte Postal… e como estou retomando meus trabalhos artísticos

Oi, pessoal, boa tarde…

Há uns dez dias atrás fui à vernissage da exposição de Arte Postal “A Primavera Sempre Virá”, em Santo André, e essa foi uma experiência bem nostálgica para mim. Nostálgica porque minha primeira participação em uma exposição foi exatamente no mesmo local, no Saguão de Exposições do Paço Municipal, em Santo André, minha cidade natal. E foi justamente essa exposição, Artistas Andreenses, no ano de 1986, eu tinha 19 anos. Na época eu ainda me apresentava como Maria Cristina de Carvalho Bottallo (sim, para quem não sabe sou Maria Cristina). Depois, por um tempo, assinei como Cristina de Carvalho (Carvalho é da minha mãe e Bottallo do meu pai). No final, adotei mesmo o Cristina Bottallo, que é mais original, afinal Bottallo não é um sobrenome comum…


Meu primeiro trabalho exposto


Convite da exposição


Texto sobre minha participação na exposição

Observem que meu nome saiu errado no convite, o Bottallo ocm apenas um “L”. E eu não tinha um curriculum, não havia quase nada a dizer…


Contra capa do convite

Mesmo assim me senti muito feliz, naturalmente. Eu apostava em uma carreira como artista plástica, estava na faculdade de artes, era o caminho que eu queria seguir…


Outro trabalho meu daquela época, com a assinatura diferente

No ano seguinte eu me casei, fiquei grávida, suspendi a faculdade por uns meses, e minha vida acabou dando uma guinada para outro lado. Acabei me dedicando ao artesanato, atividade que eu já desenvolvia também, e que me parecia mais fácil de conciliar com a vida doméstica. E calor que foi muito bom, eu me desenvolvi muito nesse meio, pude cuidar dos meus filhos e trabalhar ao mesmo tempo, tive um retorno financeiro mais rápido também. Foi ótimo. Mas a vontade de retomar minha carreira artística permanecia lá, bem guardadinha…

Depois eu terminei a faculdade, montei meu ateliê, abri minha empresa, fui trabalhar com fábricas de tintas e materiais artísticos, viajei, dei muitas aulas por aí, publiquei centenas de matérias em revistas, participei de inúmeros programas de TV, montei meu site, depois esse blog… Enfim, depois de muitos anos dedicados ao artesanato, comecei a ficar bastante tentada a retomar essas exposições, desenvolver meu trabalho artístico e me dedicar a isso um pouco mais.

Como tudo nessa vida eu fui (e estou ) fazendo isso de forma gradativa. Gostei (e gosto muito) muito das minhas conquistas no artesanato, e não vou deixar isso tudo de lado. Mas esse ano eu decidi que iria direcionar mais meu trabalho, e assim têm sido…

Já estou em minha oitava exposição esse ano, e contando as diferentes montagens, já foram 10. Até o final do ano ainda podem aparecer novidades, então posso dizer que me sinto muito realizada.

E participar da exposição de Arte Postal lá em Santo André, no mesmo local da minha primeira exposição, é bem significativo.

Meus amigos artistas: de verde, Douglas Negrisolli; ao lado, Sheila Oliveira; em pé, Elza Carvalho; sentados ao centro, Kamori, mestre do papel e ao seu lado, Arluce Gurjão, que além de artista é minha companheira de yôga; Cristina Suzuki e Isabel Pochini

Conheci esse grupo especialíssimo acima participando, recentemente, de várias exposições. E me senti muito reconfortada por fazer parte de um grupo, por ter retomado meus contatos nesse meio, por reencontrar e encontrar pessoas assim tão especiais. Muito bom, muito bom mesmo…

E abaixo vocês podem ver algumas fotos que tirei na exposição de Arte Postal em Santo André, meu trabalho, o cartaz de abertura, a lista de nomes (alguns, apenas), e alguns painéis com os postais. Ah, inclusive estava lá também o postal da minha seguidora aqui do blog, a Carol Hepe, que ficou sabendo da exposição, mandou seu trabalho e também estava lá. É como sempre digo, essa corrente de pessoas e contatos que vamos conhecendo ao longo da vida é fundamental para nosso desenvolvimento. Eu acredito muito nisso…

Boa tarde a vocês, uma ótima semana. Ah, e amanhã vou trazer uma novidade muito, muito boa, não percam!


Próximas ilustrações e um projeto muito especial

Olá a todos, bom dia!

Ontem eu tive uma tarde bem especial, fui visitar a Editora Alpharrabio, em Santo André, local aonde está montada a exposição de Arte Postal “Os Livros” e, coincidentemente, também é a editora pela qual meu pai já publicou alguns livros, um de crônicas e outro de trovas.


Meu pai e Dalila Teles Veras, editora da Alpharrabio, em nossa reunião

Estando lá, aproveitei para mostrar ao meu pai meu trabalho na exposição, é claro…


Novamente na exposição de Arte Postal “Os Livros”

Sobre o livro de trovas do meu pai, acho que já havia mencionado, foi um dos livros que ilustrei, esse com colagens e pinturas em papel.


Trovas Tributárias, por Eduardo Bottallo, ilustrações de Cristina Bottallo

Para quem não conhece, a Trova é um poema monostrófico (contém uma estrofe apenas) com quatro versos heptassílabos (redondilha maior), sem título, que se completa em seus quatro versos.
A trova também é chamada de “quadra” ou “quadrinha”, mas esta sinonímia não é perfeita, uma vez que as regras rígidas da trova não se fazem necessariamente na quadra. Entre os atuais cultores desta forma de poesia, é preferível o termo “trova” como designativo.
Há a necessidade de se diferenciar a trova da quadra que compõe um poema maior, vez que a trova se completa em si, sem aceitar mais nenhuma estrofe.
O esquema rímico da trova é de rimas alternadas (ABAB) ou cruzadas (ABBA). *

* Fonte Wikipédia

O tema desse livro era um pouquinho ingrato, e confesso, me apavorei quando meu pai me pediu para ilustrá-lo. Trovas Tributárias, com impostos como tema? Ai, ai, eu pensei… E depois de quebrar muito a cabeça, acabei resolvendo seguir para uma linha divertida, com colagens. No fim, gostei bastante do resultado. E seguem algumas das trovas e ilustrações abaixo.


Capa do livro, original, sem o texto

A capa eu fiz com uma colagem de diversos papéis pintados com tintas acrílicas brilhantes. O livro mede 15×15 cm, é um formato bem diferente e divertido. As ilustrações eu fiz um pouco maiores, com 21×21 cm. A única colorida é a capa, as páginas internas são todas em preto e branco.


Ilustração da trova para o ISS, Imposto Sobre Serviços

Meu pai escreveu:

(Os prestadores de serviço têm que pagar o ISS, mas nem sempre.)

” A loiraça complacente
só atende a quem merece.
Seu serviço é abrangente
e nem paga o ISS.”


Ilustração da trova para CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico). Hã?

(Cerca de 40% do preço da gasolina é representado por tributos. Um dos que maos pesa chama-se CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico)).

“Naquele posto da esquina,
o motorista decide
pôr “deis pau” de gasolina,
completando com a CIDE.”


Ilustração para a trova sobre o Imposto de Renda

(O apetite do leão é insaciável. Mas ele também é atrapalhado).

“Com linguagem tão confusa,
que não há quem a entenda,
da nossa paciência abusa
a lei do imposto de renda.”

E insidioso:

“Ter que pagar alto imposto,
até que não me amofina.
O que me causa desgosto
é cair na malha fina.”

As ilustrações em preto e branco eu fiz com guache e canetas sobre papel, usando fotocópias de figuras retiradas de livros, jornais e revistas que depois eu pintei, colei e decorei. Gostei do resultado. E as técnicas de desenho e colagem assim são bem interessantes, boas para nossos trabalhos. Tão boas que já estou pensando em uma nova publicação, uma revista, a sair ainda esse ano ou começo do ano que vem, apenas com trabalhos feitos em papel, com técnicas e materiais diferentes. Aguardem mais esse trabalho aqui.

Ah, e para finalizar, o projeto que fechamos com a editora, eu e meu pai, é uma calendário de trovas, que ele já escreveu, uma trova por mês, e que eu irei ilustrar. E o próximo livro, que será publicado ano que vem, será de trovas líricas e filosóficas, também já escritas, em fase de revisão.

Bom, não? E é como a Dalila, editora, falou ontem, durante nossa reunião: enquanto você tem projetos e faz planos, você não envelhece. Muito bom! É isso aí, pai!


Matéria na Make! E mais uma coisinha muito bacana…

Olá, pessoal, boa noite.

Que correria! Meus últimos dias foram (têm sido) muito cheios, longos e produtivos. O que é bom, naturalmente… Mas sobre menos tempo para dedicar ao blog, infelizmente…

Mas não posso deixar passar alguns momentos, certo? Por isso escrevo para contar as novidades…


Nova edição da Make nas bancas

Acaba de sair a nova edição da Make, do mês de outubro, já com matérias para o Natal. E essa edição traz uma matéria com minhas árvores pintadas e decoradas, uma matéria de Dsign/Make. Ficou muito legal!


Matéria na Make

As fotos da Make são incríveis, fica tudo mais bonito ainda… E sair nessa revista, que é a melhor do Brasil, não é nada mal! Eu fico toda feliz! Obrigada, Rita Paiva, pelo convite e pelo espaço em sua revista. E muito obrigada a você e toda sua equipe…


E mais matéria…

Para quem ainda não conhece(vá correndo buscar a sua na banca!), a Make é a revista mais moderna e inovadora de decoração, design, trabalhos manuais, moda, culinária em bem viver. Com um diagramação especial, a Make é uma revista de ideias, com as fotos incríveis da Cacá Bratke e textos no caderno Modo de Fazer. Muito bom participar dessa publicação!

Bem, a outra novidade que eu queria comentar com vocês e o lindo post que a Lu Gastal publicou hoje me seu blog sobre nosso projeto coletivo, sobre as “três gurias apaixonadas”… vejam no http://www.lugastal.com.br/
Ficou muito bacana!


A Catarina vai chegar…

Olá, amigas (os), boa noite…

Estou aqui, em pleno finalzinho de domingo, tentando colocar algumas coisas em dia depois da semana cheia que eu tive… A vontade é escrever um montão de posts, recuperar os atrasos, colocar novidades em dia. Mas está um pouco complicado ainda, então vamos aos poucos…


Costurinhas…

Enquanto trabalhávamos no ateliê quinta e sexta, eu, a Lu Gastal e a Glaucia Macedo, a Lu pegou umas serigrafias minhas que estavam no show-romm do meu ateliê, aproveitou a máquina de costura e não teve dúvidas, preparou um monte de coisas bonitinhas para o chá de bebê para a Catarina, filha da funcionária da loja dela que chegará em breve…


Lu trabalhando

Estávamos fazendo as fotos de passo a passo da nossa revista juntas, e abri um espaço na sala de entrada do ateliê, tiramos as peças da mesa e ficamos por lá mesmo… Foi bom, descobri, ou melhor, confirmei, que minha sala tem uma luz muito boa, vou pintar por lá de vez em quando… Foi bom!


Mais ideias…

Fiquei encantada com a rapidez e a criatividade dela, que bolou umas “bandeirinhas” bem divertidas para enfeitar a loja. E mais ainda com as possibilidades… As serigrafias estão lá, é só bolar alguma coisa bacana com elas. Esse modelo com desenhos para bebês é bem versátil, já fiz álbuns, cartões, lembrancinhas… Vejam no link ao lado a gravura completa.


E mais ideias…

Eu já tinha costurado minhas serigrafias em papel para fazer páginas de scrap e tinha feito alguns cartões com tecidos, mas agora imaginei um montão de peças bacanas que irei fazer como a Lu, assim, sem muito trabalho, sem elaborar demais. É pegar e fazer…

Vejam no blog da Lu mais fotos, ela é muito criativa, e a decoração ficou bem legal…
http://www.lugastal.com.br