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Pintando um Papai Noel
Hoje é dia de nova série de vídeos em meu canal no youtube, estréia o “No ateliê com a Cris”.
Nessa série de vídeos eu vou apresentar meus trabalhos feitos em tempo real mas acelerados, para que vocês possam acompanhar e criar seus próprios trabalhos com minhas sugestões.
E como estamos chegando perto do final do ano, resolvi preparar algumas peças de decoração de Natal com uma das fortes tendências do craft, bordados em bastidor, e, nesse caso, combinados com pintura.
Para fazer a pintura, você vai precisar de tecido de algodão cru lavado, um cartão com cola permanente (apenas para o tecido não correr e a pintura não borrar), pincéis de filamentos sintéticos chanfrados e pincel pata de vaca, o risco em papel vegetal, carbono e uma ponteira.
Os riscos estão aí abaixo, e aqui no vídeo você pode acompanhar o trabalho.
Ainda esse semana, na quinta, dia 17/11 vai ao ar o segundo vídeo, bordando.
E para o bordado você vai precisar de linha mouliné (de meadas) preta e vermelha, agulha para bordado, bastidor, tesoura.
Os pontos utilizados nesse projeto foram ponto atrás, ponto reto e nó francês.
Continue acompanhando em meu canal os novos vídeos, em breve irei postar mais ideias nessa mesma linha.
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ALMOFADA COM CACTOS
Oi, pessoal, boa tarde…
Segue mais um passo das minhas aulas no Faça em Casa, do Bem Simples. São almofadas com apliques de tecidos pintados e acabamento com bordado… simples e fácil!
Materiais:
– Tecido de algodão cru
– Capa para almofada branca
– Boleador ou ponteira (para transferir o risco)
– Molde em papel vegetal e carbono
– Tintas para tecido Corfix nas cores: azul cerúleo, verde kiwi, amarelo cádmio, laranja, e púrpura
– Termolina leitosa Corfix
– Cola pano Corfix
– Pincel chato Pinctore Tigre ref. 433 n.14
– Rolinhos de espuma liso e com textura
– Cartões preparados com cola permanente para esticar o tecido
– Linha para bordado e agulha
Modo de Fazer:
– Fixe os tecidos de algodão no cartão com cola permanente e pinte-os com as cores de tinta para tecidos e os rolinhos de espuma lisa ou com textura. Aguarde a secagem.
– Aplique 3 demãos de termolina leitosa nos tecidos pintados, intercalando secagem.
– Transfira os riscos do motivo para os respectivos tecidos pintados e recorte-os.
– Cole os apliques de tecido na almofada branca com a cola pano.
– Por último, faça o bordado contornando os apliques e a capa da almofada.
Vejam os dois modelos prontos:
SINO ABRIDOR DE GARRAFAS DE NATAL – 330
Oi, pessoal!
Amanhã vou fazer o sorteio da Semana Especial de Natal, acabei atrasando um pouquinho esse soretio também, mas aos poucos as coisas vão voltando ao normal. Só fica aqui meu recado para quem está participando, aguardem por que pode ser que você ganhe!
E como voltei a falard e Natal, minha sugestão para hoje é um trabalho bem interessante, que eu trouxe do passado, mas que foi feito novinho, novinho para vocês:
Eu tinha me esquecido desse modelo de enfeite de Natal, que também é uma peça útil, um abridor de garrafas “vestido” como um sino. Me lembro que minha sogra me ensinou a fazê-lo há mais de 20 anos, e eu fiz muitos desses para vender em bazares por aí.
Nessa versão 2010 eu não mudei muita coisa, apenas os detalhes e complementos, como a arvorezinha que decora o sino e a sianinha que faz o acabamento nas lateriais. Essa peça pode ter ares de coisa de antigamente, mas é divertida, fácil de fazer e pode servir como uma lembrancinha de natal bem bacana.
Para fazê-lo você vai precisar de retalhos de feltro como na foto ao lado, sianinha dourada, linhas de bordado, fita de cetim e um abridor de garrafas desse modelo comum, com um furo na base, por onde você irá passar a fita.
Recorte duas partes iguais desenhadas com o modelo do sino em feltro verde. E recorte também o pinheirinho e a estrela, esses apenas uma vez.
Junte as duas partes do sino, coloque uma sianinha dourada no contorno das bordas e vá pregando tudo junto com pontos caseados, utilizando linha vermelha.
Também com pontos caseados, só que menores, costure os apliques na peça. Faça um corte pequeno e horizontal na parte superior de cada lado do sino, e passe a fita pelo furo do abridor e por esses cortes, trazendo cada uma das pontas por um dos furos, de forma que o abridor fique de cabeça para baixo no meio do sino. Aí é só dar um laço, regulando o tanto de fita que você quiser, abaixando mais ou menos o abridor.
Essa sugestão serve como abridor, enfeite de árvore, enfeite de porta… É bem versátil. E embora antiguinha, a ideia ainda pode render!
QUADRINHOS DE TECIDO COM VASINHOS DE FLORES – 267
Oi, pessoal, bom dia…
Ontem comecei, finalmente, a pintura do mural do meu ateliê de serigrafia. Nossa, foram meses esperando esse dia chegar… Só que agora preciso terminar rapidinho, tenho tanta coisa para fazer nas próximas semanas, estou quase entrando em pânico!
Bem, a boa notícia é que vocês vão poder me acompanhar nessa “jornada”, porque estou gravando em vídeo esse projeto, e em breve vocês poderão me ver trabalhando em pequenos vídeos que irei colocar na página MINIAULAS, fiquem de olho! Ah, e como eu avisei ontem, agora vocês podem ser seguidoras do meu blog em várias redes de realcionamentos. Basta que escolham as opções desejadas abaixo, ao final do post, e pronto!
Chega de conversa, vamos ao trabalho do dia:
Quadrinho e tecido com vasinho de flor diferente
Esse é para as apaixonadas (os) por tecidinhos… E olha que somos uma legião de loucas por tecidos, não é mesmo? Então, peguem seus retalhinhos e vamos lá…
Para fazer, pegue uma moldura de madeira com acabamento imitando mogno. As que eu utilizei para fazer esses trabalhos são oitavadas. Recorte um pedaço de algodão cru um pouco maior que o fundo da moldura. Recorte também um pedaço de manta acrílica, mas esse deve ser do tamanho do fundo. Cole a manta acrílica nesse fundo.
Faça um desenho bem estilizado de vasos com flores, pu procure um desenho que você goste. Transfira o desenho para os retalhos de tecido, e recorte cada parte no tecido desejado. Lembre-se de recortar os tecidos das partes do desenho que ficam na frente um pouquinho maiores, para que o acabamento fique correto. Seguem os rsicos para vocês:
Cole os retalhinhos de tecido estampado no tecido de algodão cru, seguindo o desnho original. Utilize cola pano. Aguarde secagem por cerca de 30 minutos. Ah, e não se esqueçam de inverter as imagens na hora de cortar os tecidos.
Para finalizar, faça o bordado em zigue-zague com linha mouliné preta, utilizando apneas 2 fio da linha. E monte o bordado na moldura, pregando-o na parte de trás com preguinhos finos e com bastante tensão, para que fique bem esticado.
Como sempre falo, mais fácil, impossível. E é mais uma sugestão de trabalho na linha coutry, para quem gosta de decorar a casa nesse estilo mais rústico.
Gostaram? Então, como já sabem, amanhã tem mais…
BORDADOS DO HAITI – 251
Bom dia!
Bem, vocês talvez não se lembrem, mas eu comentei em julho que estava fazendo um curso de bordados do Haiti. Demorei bastante para finalizar o trabalho, mas finalmente consegui:
Bordado que eu fiz, a flor-coração, símbolo do meu ateliê
Esse trabalho é típico do Haiti e está ligado à tradição sagrada do Vodu, que é a religião majoritária do país, uma religião semelhante ao nosso Candomblé. Nessa religião é costume o uso de bandeiras bordadas com imagens das diferentes divindades e cenas religiosas, tanto nos cerimoniais e rituais como nos templos religiosos.
Pois bem, um dos maiores mestres dessa arte, o artista Yves Telémaque esteve aqui em São Paulo, expondo seus trabalhos no Museu Afro Brasil, e também deu algumas oficinas da técnica. Eu tive a satisfação de participar de uma delas.
Na foto eu apareço ao lado dele, que está sentado. O rapaz em pé é o Daniel, que foi contratado para ser uma espécie de tradutor durante o curso. O artista só fala o crioulo, idioma oficial do Haiti, língua que mistura um pouco de francês com um dialeto africano, por isso a aula praticamente foi com mímicas. O Daniel é do Senegal, e também não fala crioulo, mas ele e o Telémaque trocavam algunas ideias em francês e ele passava para o português.
Eu fiz o trabalho acima, a flor-coração do meu ateliê como uma pequena amostra da técnica. O trabalho consiste em contornar o desenho com um fio feito de contas, miçangas ou canutilhos e depois bordar os motivos, preenchendo-os com lanetejoulas e paêtes.
Não é complicado, mas é muito, muito trabalhoso. Acho que levei umas boas 20 horas (ou perto disso) para bordar o modelo acima, e olha que ele mede 18×22 cm apenas! Imaginem quanto tempo leva para bordar uma bandeira com desenhos ricamente elaborados e cheia de detalhes, na medida de 70×90, que era o tamanho padrão dos trabalhos expostos… Nem consigo imaginar!
O trabalho é feito em um bastidor, de forma que a parte de trás do tecido fique exposta para ser trabalhada, e esse bastidor deve ter uma medida um pouco maior que o tamanho do bordado que você irá fazer. O tecido utilizado é algodão cru fino e deve ser dobrado ao meio e preso no bastidor em camada dupla. Isso é importante para dar mais firmeza ao trabalho. Em seguida fazemos o desenho do motivo a lápis.
Primeiro preparamos o fio que irá contornar a área a ser bordada. O fio é uma linha de algodão mais grossa, n.10, e passamos cera ou parafina no fio para que as contas e miçangas corram melhor. Cortamos o fio num tamanho maior do que o tamanho necessário para contornar a área desejada e vamos colocando as contas ou canutilhos nesse fio.
Depois prendemos o fio no local desejado com um linha de algodão mais fina, com fio duplo, e a cada duas contas ou um canutilho, damos uma laçada prendendo o fio com as contas no tecido. É muito importante prender o fio de forma bem firme, sem que fique solto ou frouxo. O tempo todo é bom ir puxando o fio para ver se ele está bem posicionado.
Depois de prendermos todos os contornos de uma determinada área, preenchemos o bordado com lantejoulas ou paêtes, presos com miçangas da mesma cor. Temos que prender uma por uma, e para fazer os cantos e curvas, é necessário cortar as lanetjoulas ou paêtes para que caibam no espaços e não fique nenhum espaço vazio.
Achei mais interessante ir fazendo o trabalho aos poucos, ou seja, contornando um pouco e preenchendo os espaços em seguida, para não cansar demais. O trabalho pode ser um pouco monótono quando estamos fazendo a mesma coisa em uma grande área, mas essa monotonia é também interessante – e um tanto hipnótica. É como os mantras que são entoados, repetindo sempre as mesmas palavras, a gente entra em transe fazendo esses bordados…
Para o Telémaque sempre devemos utilizar a mesma cor de miçangas e lantejoulas ou paêtes, mas eu fiquei imagindo que também deve ser bem interessante fazer um jogo de sobreposições, utilizando cores diferentes. Na verdade eu até tentei fazer uma combinação assim, mas ele não deixou. Eu ia colocar miçangas amarelinhas com os paêtes brancos, mas ele trocou pelas brancas…
Bem, na verdade esse primeiro modelo foi apenas uma experiência, um treino e prática. Já mandei fazer uns bastidores maiores e até uma mesa de apoio para os bastidores e pretendo criar minhas próprias bandeiras, aí vou poder soltar a imaginação. Nas aulas eu sou uma aluna bem comportada, acatei tudo que meu professor falou…
O que posso dizer é que adorei conhecer o Telémaque, passei duas tardes bem agradáveis com pessoas interessantes e a possibilidade de trazer mais um universo de cores para o meu ateliê – o mundo das miçangas e lantejoulas – é muito legal!
Meu próximo trabalho de bordados haitianos até já está a caminho, vou participar de uma exposição no final do ano no Memorial da América Latina e pretendo juntar técnicas de diversos países latinos das américas, inclusive esse.
Já tenho em meu ateliê um cantinho especial para fazer esse trabalho, e pretendo montar uma exposição ano que vem só com essa técnica. Como é um trabalho demorado, tenho que começar logo a preparar as peças, e penso que o melhor é ir fazendo um pouquinho por dia. Adorei aprender essa técnica, não só pelo resultado final, mas também porque esse envolvimento com um trabalho de longa duração foi bem importante, algo que acredito estava faltando para mim.
É isso, pessoal, espero que tenham gostado… E até amanhã!