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É dia deles, dos Professores!

Eu tive uma professora de artes no primário e começo do ginásio, a tia Verinha, que ensinava artesanato em suas aulas e organizava verdadeiras feiras hippies nos eventos da escola, onde nós, alunos/artesãos vendíamos nossos produtos em esteiras no chão (sim, era final dos anos 70)…

prof

Tenho absoluta certeza que essa professora marcou minha trajetória de um jeito muito especial, como só os professores de verdade podem e sabem fazer.
Como ela, muitos outros influenciaram, e influenciam diariamente, seus alunos e mudam suas vidas para sempre, afinal, é isso que um bom professor faz.

A todos os professores hoje, um muito obrigada. E parabéns pelo seu dia!
http://www.coresdacris.com


Meu novo site nasceu! Tá no ar…

Ah!
E ele veio, em um comecinho de outubro, para ser libriano como eu…
O Cores da Cris é um projeto bem especial para mim, e nos últimos meses eu me dediquei exclusivamente a ele, até deixando esse meu espaço, meu blog companheiro desde 2007, de lado…

blog

Até pensei em tirá-lo do ar e concentrar tudo no Cores da Cris, mas não consegui… Tenho um carinho muito especial por esse blog, então está decidido, ele fica!
Mas, daqui para frente, minhas atualizações, meus novos vídeos, posts, passo a passo e ideias estarão no meu novo site.

Lá tenho um novo blog também, e o mais bacana é meu novo canal de vídeos, que está atualizado e cheio de novidades.
Se você ainda não viu, aproveite e passe por lá! O vídeo dessa semana é esse aí abaixo:


Em outubro!

Esse será meu último post aqui, nesse blog.

Não é que eu não vá mais escrever e postar em meu blog, nada disso…
É que em outubro estréia meu novo canal Cores da Cris.

Um novo site, com um novo blog, novo canal de vídeos, novos conteúdos, tudo novo.
Clique aqui é veja um pouquinho do que virá…

Dia 05 de outubro será o lançamento do site completo. Anotem aí!


Gnomos e duendes

Era por volta de 1990, 1991.
Eu já tinha meu ateliê (uma micro empresa), e foi um período em que surgiu uma onda esotérica que estava rendendo muito… E eu não poderia ficar de fora.

gnomos livro 1

Uma artista plástica de São Paulo, Heloisa Galves, acabara de lançar sua linha de produtos, a Alemdalenda, com um série de gnomos e duendes feitos com resina e tecidos, e que faziam um tremendo sucesso.

Como eu estava começando a trabalhar com miniaturas e tinha aprendido algumas técnicas de reprodução de peças de resina com moldes de silicone, resolvi me aventurar e criar minha própria linha de personagens.

gnomos durepoxi

Eu não tinha muita habilidade para modelar, então pedi para minha sogra, D. Yeda Quadros, fazer os bonequinhos em massa epóxi (ela é super talentosa, faz de tudo!). Usando esse meu livro de gnomos como referência – além algumas ideias a mais – ela modelou os bonequinhos, que eu reproduzia em resina e pintava, um a um.

gnomos 11

Cada um deles tinha um nome e uma historinha, que vinha em um papelzinho, como os da Alemdalenda (sim, era uma inspiração declarada mesmo…).

Esse casal bem típico de gnomos tinha até seus tradicionais chapeuzinhos de feltro, que eu costurava com pontos caseados. E alguns traziam pequenos cristais e florzinhas secas nas mãos.

gnomos livro

Bem, os do Alemdalenda eram muito mais produzidos e elaborados que os meus.

Achava incrível a qualidade das peças: eram incríveis e e admiráveis!
Eu mesma era fã de seus bonecos, que guardo até hoje. Tenho uma bela coleção deles, aliás…

gnomo pintado

gnomos molde

Os meus eram bem simpáticos, menorzinhos, bem mais baratos… mas muito menos sofisticados.

Eu fazia tudo sozinha, não dominava muito bem as técnicas, não conhecia tantos materiais e nem tinha muitos recursos.
Mas eles até que ficavam bons. Bem, pelo menos as pessoas gostavam…

gnomos 2

Eu os reproduzia utilizando moldes de silicone, e eles eram feitos em resina cristal, totalmente incolor, que precisava receber um fundo com um tipo de primmer antes da pintura. Depois dessa etapa, a pintura era feita com tintas ducco, e o acabamento com betume, para dar um efeito meio envelhecido mesmo…

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Todos os produtos que eu usava eram a base de solventes e tinham cheiro bem forte. Era duro trabalhar com esse materiais. Mesmo assim essa linha de gnomos e duendes foi minha produção que mais rendeu, em vendas, até hoje.
Vendi muitos, centenas de cada modelo, milhares deles, sem exagero.

gnomos 8

Havia uma loja de produtos esotéricos em Santo André (se não me engano o nome era Shamballa, ficava na rua das Figueiras). Essa loja era meu “distribuidor” – minha produção era vendida praticamente toda para eles, que depois revendiam para clientes e outras lojas do Brasil todo, mas eu vendia para amigos e conhecidos também, e cheguei a participar de uma feira de produtos esotéricos no Anhembi, aqui em São Paulo.

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Foi minha primeira participação em um grande evento. Eu tinha 23 anos, e ainda não sabia quase nada de nada… Mas trabalhar era tudo que eu mais queria, então valeu, e muito!

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Nós já tínhamos dois filhos pequenos, o Rafa e a Ana, eu cuidava deles, da casa e trabalhava feito louca…
Mas esse tempo dos gnomos e duendes fez toda diferença, eu ganhava realmente bem com as vendas, e essa renda foi fundamental para nosso orçamento doméstico naquele momento.

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Nessas fotos aparecem mais alguns modelos dos gnomos e duendes, mas não todos. Alguns se perderam, mas a maioria está aí, para ver e relembrar.
Cheguei a levá-los até Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, para tirar umas fotos no meio das cachoeiras e árvores, mas não sei se guardei alguma, ainda preciso procurar. Não havia fotos digitais naquele tempo, e muita coisa se perdia.

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Foi algo que durou um tempo, uns dois anos, se tanto…
Eu realmente tive que parar de mexer com aqueles produtos, que eram muito tóxicos e começaram a me fazer mal. Além disso, eu estava trabalhando tanto que quase tive um colapso, precisei diminuir o ritmo e mudar todo meu foco de trabalho.
Foi nessa época que abri minha loja, a “Feito em Casa”.

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Foi um tempo interessante, eu já fazia vários tipos de trabalho manuais, dava aulas, participava de bazares… Foi também quando publiquei minhas primeiras apostilas, produzia kits de ponto cruz, que vendia para outras lojas e também enviava pelos correios.

Era preciso diversificar e aproveitar as tendências, e como sempre nesse universo fazer aquilo que as pessoas procuravam mais. Era tempo do estilo country, foi quando comecei a pintar peças de madeira e me dedicar com mais intensidade à produção das miniaturas infantis, que depois se tornaram minha linha principal de produção.

gnomos

Naturalmente essa é uma outra história, qualquer hora conto para vocês…
Acima uma lembrança afetiva para mim, meu primeiro cartão de visitas, a minha saudosa loja Feito em Casa.
Bons tempos, e quanto tempo faz!
😀


Estava aqui pensando…

Hoje me deu vontade de escrever e bater papo, então vamos lá…

Nesse final de semana eu trabalhei sábado e domingo, o dia todo. Passei os dias fora, e mal vi minha família. Meus filhos também estavam ocupados com seus compromissos, então não nos encontramos mesmo…
Bem, o fato é que terminei tudo no domingo já tarde, umas 20h40. Estava super cansada, com frio, sono e um pouco de fome, mas o cansaço era ainda maior. Meu desejo era ir para casa, comer algo rápido, tomar um banho quentinho e dormir o quanto antes.

Mas aí eu cheguei lá e estavam todos me esperando para jantar. Marido, filhos, filha, namorado da filha, noiva do filho. Não teve jeito, pedi uma pizza, arrumei a mesa e nos sentamos para conversar. Todos tinham coisas para contar do final de semana, da semana toda. A conversa estava animada, divertida, a gente foi comendo, conversando, dando risada…

Falamos um pouco de tudo, do que tínhamos feito, do que ainda iríamos fazer, dos planos para o ano que vem, dos nossos cães, coisas da família, coisas que vimos na internet, coisas do dia a dia e coisas sem importância, mas engraçadas, curiosas. Falamos todos, e muito, e conversamos sobre tudo, tudo que se possa imaginar. Acabamos ficando por mais de duas horas na mesa, e eu fui dormir bem mais tarde do que havia planejado, mas estava contente, adoro essas conversas em família, e felizmente nós temos o hábito de jantarmos juntos, e sempre é muito bom.

Hoje acordei meio sonada, perdi a hora, mas estava realmente contente.
A conversa em família na véspera tinha sido muito boa, e eu pensei que tinha valido a pena, tinha sido muito bom “fechar a semana” com o jantar de ontem.
Aí, por coincidência, tomando meu café da manhã e lendo o jornal, encontro um artigo da psicanalista Anna Veronica Mautner Refeição em Família,, que fala exatamente da importância desse hábito, da família se reunir à mesa, para a construção de cada um dos indivíduos, e, desse modo, para a construção da família.

Em casa a gente vêm praticando isso, felizmente, desde sempre.
Nossos filhos já são adultos, mas ainda conseguimos manter essa tradição de nos reunirmos em pelo menos uma das refeições, o jantar, quase todos os dias da semana. Em breve eles vão seguir suas vidas e sair de nossa casa, e naturalmente será mais difícil continuarmos com esse hábito, mas tenho certeza que vamos procurar uma forma de nos reunirmos, sempre que possível, para nos alimentarmos uns dos outros, para nos conhecermos sempre, para nos entendermos, enfim, para continuarmos construindo nossa família.

E quando eles não estiverem mais morando conosco, espero que levem para suas próprias casas o mesmo hábito, que procurem estar juntos, com quem quer que eles constituam suas famílias. Essa é, se dúvida, uma das coisas mais preciosas que temos. Nesses últimos dias, em que eu passei pela triste experiência de perder minha mãe, são essas pequenas coisas do cotidiano, como sentar-se à mesa com minha família pelo menos uma vez ao dia, ou sair de casa de manhã cedo para fazer minha atividade física todos os dias, ou voltar para casa e brincar com meus cães e coelha, são essas pequenas coisas que me dão “chão”, apoio e força para seguir em frente.

Ah, e sobre o que ando fazendo no trabalho, ainda não posso contar, mas tenho certeza que vocês vão adorar.
Será em outubro. 😀