Eu comentei que ia escrever mais umas coisinhas por aqui, não é mesmo?
Nessa minha fase de cansaço físico, sentar para escrever é mais gostoso… e mais fácil, naturalmente…
Bem, sempre que o Natal vai chegando eu vou ficando assim, ansiosa e aflita, meio melancólica. Muitas pessoas sofrem do mesmo mal nessa época do ano, da síndrome das festas de festas de fim de ano (exagerando um pouquinho, é claro)…
Há tempos que eu fico falando que não gosto do Natal, que essa data me deprime e tudo mais. Mas confesso a vocês, até eu mesma já me cansei desse discurso, afinal de que adianta essa agonia toda? E para falar a verdade eu até já gostei muito do Natal…
Sim, quando era criança eu adorava o Natal. E esse tempo é mesmo mágico para as crianças – a gente ganha presentes, vê pessoas que a gente gosta mas que não encontra sempre (eu adorava encontrar meus primos!), come comidas gostosas que só aparecem nessa época… Ou, se não é bem o caso, pelo menos é tempo de férias, de verão, coisas boas.
Mas quando se é criança sempre tem alguém que cuida disso tudo para nós, que trata de nos surpreender, de organizar tudo, que fica com a trabalheira e com as responsabilidades. E é natural, quando a gente cresce e se dá conta que crescer dói (e como!) o Natal pode acabar virando um fardo.
Até hoje eu fico me lembrando de um dos últimos natais que passei com minha família antes de me casar. Eu sempre gostei de ganhar bonecas no Natal, e minha mãe me deu uma boneca da Estrela, a Quem me Quer, que eu adorava e adoro até hoje. Natal para mim só era natal se tivesse uma caixa de presente com uma boneca na árvore. E mesmo com 18 anos, aquele presente foi um dos melhores que ganhei…
Minha pequena coleção de bonecas Quem me Quer
Infelizmente a gente nem sempre dá valor para as coisas no tempo certo, e quando me casei não levei essa boneca comigo. Mas nunca me esqueci dela, e depois de uns 10 anos daquele natal com minha Quem me Quer comecei a procurar bonecas dessa linha, entrei em contato com a fábrica, liguei, fui atrás…e acabei achando algumas. Foi uma felicidade!
Primeiro encontrei essa de cabelo ruivo, uma graça! Depois veio a loira, que é das primeiras que foram lançadas também. Essas duas eu comprei novinhas, na caixa, em uma loja especializada em brinquedos fora de linha. Depois não achei mais, mas esse ano encontrei essa de cabelinho rosa, em um site de brinquedos antigos. Ela não é nova nem está com a roupa original, mas o modelinho de vestido que foi feito especialmente para ela ficou bem bacana, parecido com os originais. E roupinha original veio com ela também, é uma camisolinha rosa, igualzinha ao que está desenhada na caixa…
A que minha mãe me deu naquele Natal tinha rabo de cavalo, era loirinha e a roupa era verde. Nunca mais me esqueci dela… Mas as minhas três bonecas, essa que eu tenho hoje e aparecen na foto acima compensam a falta dela – me alegram e me fazem lembrar daquele tempo em que viver era fácil…
Bem, voltando ao tema do Natal, hoje eu finalmente entendi que o Natal que eu ficava frustrada de não ter mais era justamente o Natal que as pessoas me proporcionavam, e essas pessoas já não podem mais me oferecer isso, é chegada a hora de eu mesma tratar de fazer o meu melhor Natal. Quando me dei conta disso, agora há pouco, o Natal passou a ter outra cara, voltou a ser uma coisa boa.
Então esse ano eu vou fazer um ótimo Natal em minha casa, com o meu próprio núcleo familiar, que, aliás, está aumentando – além dos filhos agora já tenho os namorados e namoradas dos filhos para encher minha casa. Isso é muito bom!
E aprendi que eu mesma tenho que ir atrás “das minhas bonecas”, como fiz, com sucesso, aliás. Nós temos em nossas mãos todas as possibilidades de fazer um tempo bom ou não, só depende de nós mesmos… E eu decidi que esse ano meu Natal será ótimo!
Que o de vocês seja assim também…