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Montagem da Exposição dos Relicários de Frida Kahlo no Metrô

Oi, gente, bom dia!

Queria mostrar a vocês como foi a montagem da minha exposição no metrô ontem…

Primeiro, a foto do cartaz oficial do metrô, com toda programação do mês, incluindo a minha exposição:


Cartaz da programação oficial


Detalhe do cartaz

Chegamos lá pro volat das 10h, na Estação Sacomã do metrô, eu e o Richard, que é o curador da exposição. Eu nunca tinha passado por essa estação, que é a mais nova do metrô, e a mais moderna. O espaço reservado à exposição fica bem ao lado da área de embarque, proóximo ás escadas rolantes, o que dá uma visibilidade imensa ao trabalho.


Início das montagens

Assim que chegamos os funcionários responsáveis pela montagem da exposição, assim como o encarregado do metrô, vieram nos encontrar e começamos a desembalar os totens e redomas, além das peças, é claro…


Eu e o Richard, curador da exposição, junto ao totem com as referências do trabalho e o livro de assinaturas

O Brandão, encarregado do metrô ajudou na motagem das peças, e embora tenham faltado os últimos reicários que ainda estou fazendo e o texto e as legendas dos trabalhos, o resultado ficou bacana, e mesmo enquanto montávamos, as pessoas já paravam para olhar as peças…


Eu e o Brandão, encarregado pela montagem da exposição…


… e toda com equipe de funcionários, além do Richard

Nas duas horas em que fiquei por lá, muitas pessoas pararam para olhar, como já disse, e algumas até vieram conversar, manifestar seu interesse e opinião, o que me deixou muito contente. e na próxima terça-feira, quando eu levra as últimas peças e os displays que faltam para a montagem, com certeza a exposição ficará ainda mais bacana. Eu já fiquei muito contente com tudo, principalmente com a possíbilidade de mostrar meu trabalho para um público enorme.


Visão da exposição montada

Essa esposição ficará na estação Sacomã até o dia 30 de maio, e depois possivelmente irá para a estação São Bento, também do metrô, ainda sem data definida, mas com certeza irei avisar a vocês.

Um ótimo dia a todos,
Cristina


As últimas exposições que vi…

Como eu comentei no sábado, aproveitei o final de semana para ver algumas exposições. Bom, na verdade eu consegui ver apenas duas, mas como o mês de maio está apenas começando, então ainda vou ter oportunidade de colocar minhas visitas em dia esse mês.

No sábado eu fui ver a exposição da Alice Brill, no SESC Pompéia, com minha filha Ana, com direito a um café e boa conversa “de meninas” depois. No domingo fui ver a do Andy Warhol na Estação Pinacoteca, com minha família. Vale comentar, antes de tudo, que esses são dois espaços bem agradáveis para se visitar em São Paulo, o que, por si só já vale o passeio.

Primeiro vai minha opinião sobre a exposição do Andy Warhol. Ele é um artista muito controverso. O que eu realmente acho do trabalho dele? Como artista plástico ele foi muito preguiçoso. Como performer e figura influente em sua época ele foi muito eficiente.

É dele a famosa frase que diz “um dia, todos terão seus 15 minutos de fama”. Ninguém melhor do que ele soube aproveitar seus (bem mais de) 15 minutos de fama – diga-se a verdade. E por que acho que ele foi um artista preguiçoso? Bem, não sua uma expert ou crítica de arte, e sinceramente respeito todas as manifestações artísticas. Mas sobre sua produção foi, em minha modesta opinião, muito limitada.

Ele introduziu a serigrafia em seus trabalhos e, com naturalmente introduziu a serigrafia no meio artístico também, como nunca havia sido feito antes, e isso é fantástico. Como vocês abem, sou uma serígrafa de carteirinha. Mas ele explorou muito pouco as possibilidades dessa técnica, que são verdadeiramente infinitas. Nenhuma técnica de gravura pode reproduzir tantos efeitos diferentes como a serigrafia. Com ela é possível reproduzir efeitos de pintura como aquarela, guache e óleo, criar texturas, efeitos de transparência e cobertura, e, no entanto, o artista limitou-se a utilizar fotolitos fotográficos, muitos feitos a partir de imagens já existentes na mídia e que nem eram suas.

Não que eu não goste do efeito fotográfico da serigrafia. Ao contrário, essa possibilidade é mais uma vantagem da técnica, mas explorar apenas essa possibilidade me parece uma atitude realmente preguiçosa. Ele experimentou a serigrafia fotográfica, mesclou um pouco de pintura e pronto. Foi só. E é pouco.

De todo modo ele é o mais conhecido representante da Pop Art, um dos meus movimentos artísticos preferidos, e gostando ou não do Andy Warhol, sua importância para a divulgação desse movimento é indiscutível.

Quanto á exposição da artista Alice Brill, alemã naturalizada brasileira, posso dizer que gostei muito, sobretudo pela inusitada técnica que a artista desenvolveu e que era tema da exposição, a aplicação do batik (técnica de tingimento de tecido com cera) em papel arroz (papel japonês produzido artesanalmente.

A artista já tinha vasta experiência em estamparia e tingimento em tecidos, e ao levar esse trabalho para o papel e também para telas, ela propôs um interessante exercício de aplicação do trabalho artesanal em obras artísticas.

Ela apresenta também uma série de serigrafias que reproduzem com perfeição o efeito do batik, e o resultado é muito interessante. São gravuras que apresentam o estilo e a aparência exatos dessa técnica milenar de tingimento: seus traços definidos no branco do papel/tela que ficam reservados, sem receber as tintas; a transparência dos pigmentos, a sobreposição das cores…

E há ainda uma frase da artista que ilustra muito bem seu trabalho: “Parece-me que a função do artista deve ser a de mediador entre a arte e a técnica, ambas indispensáveis e complementares.”

Perfeito! Ela é uma artista e também uma artesã, e é isso justamente o que mais encanta em seu trabalho. E exatamente o que falta para o Andy Warhol, em minha modesta opinião.

É isso, pessoal, qualquer hora dessas comentarei outras exposições por aqui…
Beijos!


EXPOSIÇÃO LIVRO DE CABECEIRA

Olá, amigos, bom dia!

Gostaria de convidá-los a visitar mais uma exposiçãoda qual estou participando, chamada Livro de Cabeceira. Nessa exposição vários artistas fizeram suas interpretações sobre livros, com materiais e técnicas bem diversas, como pinturas, colagens e esculturas utilizando materiais como ferro, madeira, tecido e papel.

Minha participação foi com 6 mini-livros feitos a partir de cadernos, livros infantis e pinturas em papel.

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Convite para exposição Livro de Cabeceira

A exposição está no ICC (Instituti Criança Cidadã), na Casa da Solidariedade, que fica na Rua Guaiazes, 1112, nos Campos Elíseos, em Sõa Paulo, e pode ser visitade de 2. a 6. feiras, das 10 às 16h, até o dia 20 de maio de 2010.

Se estiverem passando por lá, visitem!

Um abraço,
Cristina

APLIQUES DE RESINA FEITOS EM MOLDE DE SILICONE – 110

Olá a todos!

Amanhã eu vou viajar e volto só no domingo, mas como compromisso é sagrado, não vou deixar de colocar meus posts aqui no blog, já consegui me organizar e deixei todos prontos, só não sei se vou conseguir atualizar os comentários e cumprir os horários, mas prometo tentar… Afinal quando eu decidi firmar esse compromisso com vocês nesse ano, de colocar um post por dia, me preparei – agora tenho um modem em meu laptop e não vou deixar de me conectar…
Mas já me desculpo se alguma coisa sair do normal, é só por uns dias, semana que vem estou de volta e como falei, maio promete ser um mês de muita produção.
Ah,e tenho novidades também, algumas exposições, novos projetos… em breve colocarei tudo isso aqui!

A técnica do dia é:


Caixinha com apliques de resina

Eu fiz as primeiras pecinhas em moldes de silicone com resina há muito, muito tempo atrás, quando eu era conhecida como professora de miniatiras no programa Note & Anote da Record, ainda com a Ana Maria, vocês se lembram?

Pois é, por uma circunstância da vida (interesante isso, pode ser o tema da minha próxima conversa) eu acabei ficando conhecida como professora de miniaturas, a produção da Ana Maria acabou escolhendo entre todas as técnicas que eu fazia esse tipo de trabalho, e a cada semana que eu me apresentava, eu tinha que inventar novas maneiras de fazer as miniaturas, que naquele tempo eram difíceis de ser encontradas em lojas de artesanto, a gente tinha que fazer mesmo, peça por peça.

Meu irmão Marcelo, que sempre gostou de aeromodelismo, me emprestou um livro dele (que, aliás, eu nunca devolvi!) que ensinava a fazer moldes de silicone para reprodução de miniaturas em chumbo, e acabei adaptando aquela técnica para fazer as pecinhas em miniatura em resina.


Resina sendo despejado em molde de silicone

Hoje em dia encontramos muitos moldes prontos nas lojas, com motivos variados. Esses moldes servem para biscuit, mas também podem ser usados com resina. E a resina que utilizo é a mesma vítreo resina líquida usada em outros trabalhos – veja o post de sábado passado.

Basta prepará-la conforme as instruções na embalagem (o kit é composto por 2 produtos, a resina e o catalisador ou endurecedor) e despejá-la nos moldes. Depois de 48 horas retire as peças dos moldes e deixe secar ao ar livre por mais 24 horas. Aí é só pintar os apliques com tintas acrílicas decorativas, como você preferir…


Outro modelo de caixinha…

Nas peças acima eu utilizei a tinta Decorfix Brilhante, tanto nas caixas de MDF como nas pecinhas de resina. Os detalhes forma feitos depois, com a tinta Relevo 3D. Para pintar as pecinhas de resina, aplique como fundo o Metal Primmer Corfix na cor areia, ou o Primmer para Plástico e depois uma demão de base acrílica para artesanato. Não aplique a tinta diretamente na resina pois não haverá aderência.


Mais um modelo…

Bem, em breve essa técnica em passo-a-passo estará em meu site www.cristinabottallo.com.br e vou colocar depois um post ensinando a fazer os moldes de silicone, uma técnica bem legal e útil. Fiquem de olho…

Um abraço! E até amanhã…


PRATOS PERSONALIZADOS – 109

Bom dia, amigas (os)…

Ainda dentro da minha produção de peças em porcelana, que nas últimas semanas foi intensa, aqui está outra sugestão bem bacana para você personalizar sua louça. Com um motivo simples e fácil e você faz peças utilitárias exclusivas.


Pratos com florzinhas

As dicas importantes para esse tipo de pintura são as de sempre: cuidado com a limpeza das peças antes de pintar e durante o processo da queima, que deve ser muito bem observado..

A limpeza antes é fundamental para que a tinta fixe perfeitamente, sem que resíduos de sujeira e gordura interfiram nesse processo. E a queima é fundamental porque não existe nenhuma tinta para porcelanas que fixe a frio, já que esse é um material impermeável. Para que a tinta fixe na peça, somente passando pelo processo de queima.

A pintura nesse caso é feita com pincéis. Primeiro eu pintei os motivos, deixei secar por alguns minutos e somente depois fiz os contornos em preto. Não fazer o contorno com a pintura do motivo ainda úmida para não retirá-la.

Dicas de pintura:

– Misture muito bem as tintas removendo bem o fundo do frasco com um palito, não adianta apenas agitar o frasco, esse tipo de tinta é muito espesso e não mistura fácil.

– Adicionar uma gota de Médium Retardador da Linha Decorfix 150 nas tintas ao serem utilizadas (em um godê) para que sua secagem seja mais lenta.

– Não diluir as tintas com água, apenas umedecer os pincéis.

– Utilizar pincéis de pêlos naturais e macios, pincéis duros e de cerdas não servem para pintar peças de porcelana, louça ou azulejos.

A tinta que eu indico aqui é a Decorfix 150, que fixa em forno doméstico a 150 graus, portanto trata-se de uma queima mais superficial (a tinta para porcelanas a quente fixa a 730 graus, somente em fornos especiais), por isso alguns cuidados com o uso das peças também devem ser observados, como:

– Pintar apenas nas bordas dos pratos, evitando a área que entra em contato direto com os talheres.

– Evitar deixar as peças de molho na água, fazer uma lavagem mais rápida.

– Lava-louças podem ser usados no ciclo rápido.

– Evitar o uso das peças em microondas. Aliás, a queima não pode ser feita em microondas, apenas em fornos caseiros a gás ou elétricos.

E as dicas para a queima são:

– Aguardar 24 horas (no mínimo) de secagem ao natural antes da queima.

– Aquecer e queimar as peças na temperatura de 150 graus (em geral esse é o mínimo dos fornos a gás).

– Aquecer o forno por 5 minutos, colocar as peças e marcar 35 minutos de queima. Desligar o forno e deixar que as peças esfriem dentro do mesmo.

Seguindo essas dicas acima vocês não terão nenhuma dificuldade ao pintar os pratos ou outras peças de porcelana, louça, faiança ou vidro.

Bom trabalho para vocês, e não deixem de visitar meu site www.cristinabottallo.com.br
Até amanhã!


PINTURA BARROCA – 108

Olá a todos!

O post do dia foi feito em função do sucesso do post de Pintura Bauernmalerei Envelhecida. A pintura barroca é uma variação dessa técnica com algumas adaptações bem “abrasileiradas”, com cores mais vivas e motivos florais diferentes:


Caixa com pintura barroca

Nessa variação da pintura o efeito envelhecido é fundamental. Antigamente o único produto que poderia ser utilizado para essa finalidade era o betume, um verniz bem espesso e feito com piche (piche de asfalto), solúvel em águarrás, e portanto de secagem lenta e cheiro forte. Atualmente temos o Médium Envelhecedor na cor betume, que o substitui prefeitamente, com a vantagem de ser solúvel em água e não tem cheiro forte.

As cores mais fortes são típicas do barroco mineiro, estilo muito utilizado na decoração de igrejas, pinturas de santos e móveis no período pós colonial, em Minas Gerais e outras regiões de nosso país.

As rosas são as flores que mais aparecem nos motivos da pintura barroca (assim como no bauernmalerei também), mas as tulipas e margaridas estão sempre presentes também.


Detalhe da pintura

Eu utilizo as tintas acrílicas para esse tipo de pintura, embora já tenha trabalhado também com o PVA. A vantagem das acrílicas é que esse é um tipo de tinta muito mais resistente à ação do tempo e de umidade, além de não manchar (coisa que acontece com frequência com o PVA). Também acho as tintas PVA muito líquidas (ralas) para conseguir o efeito de maior volume na pintura dos motivos (floes).

Explico: para pintar o fundo das peças a tinta mais líquida é mais indicada, porque é mais fácil conseguir um acabamento uniforme com a tinta mais fluida, embora seja necessário aplicar mais demãos para obter uma boa cobertura. Já para pintar os motivos florais, se a tinta for muito rala, o efeito de volume da pincelada de carga dupla será pequeno, e não será muito realçado com o envelhecimento.

Carga dupla é quando pegamos duas cores ao mesmo tempo no pincel, uma cor em todo pincel – que é a cor específica da área que será pintada (o verde de uma folha, por exemplo) – e a outra cor, que em geral é o branco, que deve ser pego apenas na ponta do pincel e serve para dar o efeito de luz na pintura.


Detalhe da pintura

Na foto acima é possível ver em detalhe como as pinceladas do branco ficam em relevo, e que são realçadas com o envelhecimento.

O envelhecimento da pintura deve ser afeito apenas após secagem completa dos motivos por pelo menos 12 horas (eu sempre prefiro deixar por 24 horas). Para que a peça não fique escurecida demais, passe uma camada fina de cera em pasta incolor por toda peça antes do envelhecedor. Deixe secar por alguns minutos e passe o Médium Envelhecedor ligeiramente diluído com Gel Médium para Matizar (10% de gel, no máximo) com um pincel chato largo e de pêlos macios. Retire o excesso com um paninho e deixe secar bem, por algumas horas.

Após secagem completa lixe a peça com lixa para madeira n.22º e retire todo pó. O efeito envelhecido só é completo após o lixamento. E procure lixar a peça sempre na mesma direção, no sentido dos veios da madeira. Passe uma flanela limpa e seca para lustra a peça.

Só mais uma recomendação: as peças de madeira natural ficam muito mais bonitas que as peças de MDF nessa técnica, prefira utilizá-las.

Você gosta dessa técnica? Quer aprender mais? Conheça em meu site os produtos que ofereço, estão na página LOJA… Tenho um DVD e um kit com Guias de Pinceladas que facilitam muito o trabalho… www.cristinabottallo.com.br


DVD + Guias de Pinceladas

Beijos… e até amanhã!
Cristina