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Cada domingo – 18/04

Domingo em São Paulo, e o dia amanheceu bem preguiçoso, meio querendo chover, meio nublado, meio friozinho.

Aproveitei para organizar meu armário em casa, que andava uma bagunça só, na companhia da Filomena, que ficou só de preguicinha o dia todo…

Filozinha dorminhoca

Também arrumei uns trabalhos no ateliê, fiz umas fotos, respondi emails que estavam atrasados, organizei a papelada. Nada de muito empolgante para um domingo, mas são dessas coisas necessárias, que precisam ser feitas.

E depois dei uma olhada nos vasos e no jardim de casa. Minhas plantas estava precisando de um pouco de atenção, e essa semana vou refazer uns vasos. Fiquei feliz em ver que as flores de maio de minha mãe, dois vasos que eu trouxe da casa dela em 2015, já estão começando a dar seus botões. Coisa boa!

Tem dia que é assim mesmo, nada de especial, mas tudo de importante. Nossas casas, nossas coisas, a vida em seu lugar.

E foi assim o meu domingo. 😉

Cada domingo – 14/03

Mais um domingo aqui em São Paulo.

Saindo para correr nas ruas do meu bairro…

Domingos sempre foram os meus dias preferidos de corrida na semana. Eram os dias dos meus “longões”, treinos mais longos, que variavam, dependendo de como eu estava, podia ser um treino de 12 km, não tão longo, mas também foram em domingos que corri meus 30 km, esses sim, longões de verdade.

Sombra do poste de luz na minha rua

Meu último longão de verdade, no Parque Ibirapuera, foi há quase um ano exato, lembro bem, dia 15/03/2020, último domingo que corri por lá, antes de vir a pandemia e fechar o parque. Um ano! Um ano de pandemia, um ano de treinos improvisados, um ano de tantas perdas…

Ciclofaixa na Av. Indianópolis, em São Paulo, SP.

Claro que eu sei que muita gente perdeu muito mais do que apenas os domingos no parque. Milhares perderam a vida, muito mais milhares perderam alguém querido. Muita gente perdeu o trabalho, o negócio, um curso, um diploma, o início de uma carreira, um projeto antigo… Perder as corridas no parque parece quase nada, pensando assim, eu sei. Mas é duro, porque era algo que fazia a minha semana valer a pena.

Vai passar, quando todos tivermos tomado a vacina, vai melhorar.

E eu tento pensar que minha corrida entrou no modo “manutenção”. Eu estou fora de forma, estou treinando mal, me sinto realmente desconfortável em meu corpo. É o preço desse período ruim, claro. E hoje meu “longão” é uma corridinha bem mais ou menos de 9 km na ciclofaixa de lazer que fica aqui perto de casa, onde posso ter um mínimo do gostinho do que era correr de verdade, ao menos para mim. Mas penso que essas corridinhas ruins que tenho feito são o modo que encontrei para dizer ao meu corpo: “lembre-se que esse é o corpo de uma corredora”, e não me fazer esquecer de vez o que é isso.

Quando tudo passar, eu quero acreditar que vou voltar a ter uma coisa boa, ou voltar a melhorar meus treinos gradativamente, e ter aquela ótima sensação de ir ficando em forma de novo. Quero mesmo acreditar nisso!

Porque só assim, tendo uma esperança, um objetivo, uma meta lá na frente é que a gente encontra disposição para seguir adiante, e acordar todo dia cedinho de manhã para enfrentar mais um dia de frustração.

Girassol que nasceu na rotatória da rua em que corro.

Vai passar, o sol vai nascer bonito de novo, e a gente vai ter um tempo melhor. E eu ainda espero que em 2022 mais coisas boas venham para nós. Na torcida aqui!