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108 dias para mudar

108 dias.
Entrei hoje no contador de dias para ver quanto falta para a primeira maratona que irei correr, e que será em Porto Alegre, no dia 11 de junho desse ano, 2017.
O contador me respondeu: 108.

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Meu japamala em meu cantinho ecumênico aqui em casa

Achei curioso esse número aparecer, porque 108 é o número de contas do japamala, um colar que usamos nas práticas de yôga para meditação (ele é muito parecido com um terço, usado para rezar).

O número 108 não é aleatório – ele tem muitos significados na cultura yogui – e é usado em meditações. Muitos acreditam que entoando o mesmo mantra 108 vezes, é possível entrar num estado de meditação profundo. Eu pratico yoga há 17 anos, mesmo tempo que tenho com corredora (sim, comecei as duas práticas no mesmo mês e ano) e estou há 13 anos praticando na mesma escola, na Vila Mariana, aqui em São Paulo. Me lembro muito bem como foi minha primeira aula experimental por lá, em um janeiro. Nunca vou me esquecer da música que estava tocando quando iniciamos aquela aula, e até hoje essa música me leva de volta a aquele tempo bom, de uma forma muito acolhedora e agradável.

Pois bem, voltei a praticar yoga ontem, depois de mais de um mês sem fazer, por conta das férias. E estava tocando exatamente essa mesma música, da primeira aula experimental, daquele primeiro dia, bem no início da prática.
Tudo isso me fez pensar em tantas coisas…

Me fez pensar em como têm coisas que nos fazem tão, mas tão bem, mas que com o tempo a gente vai se esquecendo, deixando de lado – e elas fazem muita falta.

Me fez pensar também que eu tenho 108 dias para mudar, 108 dias para me concentrar e atingir o meu “máximo”, conseguir, enfim, correr minha maratona.

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Minha primeira corrida depois das férias

Tenho medo, dúvidas e uma boa quantidade de dor para carregar.
Sim, é fato que as coisas não são mesmo fáceis, e não são para ninguém. Mas eu sinto que esse é o momento de superar isso, eu quero conseguir, e só vou saber como será fazendo.

Também pensei em muitas outras coisas voltando das férias, afinal, ver e viver outras realidades nos faz repensar as nossas realidades, e a gente precisa mesmo de um afastamento para compreender algumas coisas.
E eu compreendi que andei escolhendo uns caminhos errados nos últimos anos, e me afastando das coisas que são realmente fundamentais para mim.

Quero mudar, e sinto que preciso começar isso HOJE, não dá para esperar nem um dia a mais. Daí a importância de ter achado o número 108 justo hoje também.

Eu adoro escrever aqui nesse blog.
É, talvez, umas das coisas que mais gosto de fazer, porque é como meu diário, é um registro da minha vida, algo muito importante para mim. Claro que poder compartilhar isso com todo mundo que quiser é muito bom também. Claro.
Mas o que me move, fundamentalmente, é estar aqui e escrever. Me faz aprender, crescer, criar, produzir e mudar, quando preciso.

E por um certo tempo eu cheguei a pensar que devia abandonar esse blog e ficar apenas nas redes sociais. Cheguei a tirá-lo do ar por algumas poucas semanas (poucas, mas sim! que coisa!).
Que erro!

As redes sociais, sobretudo o facebook (porque é a rede que mais uso), são traiçoeiras. Elas nos seduzem com curtidas e likes, e nos afastam do que importa, que é estar aqui.
Elas nos fecham em um círculo de aceitação ou rejeição, como se houvesse só aplausos, e por outro lado, vaias para tudo e todos que não pensam com nós.

Percebi que eu dedico um tempo ABSURDO ao facebook. E tempo, nós sabemos, é nosso bem mais precioso. Todo mundo nasce com sua ampulheta correndo, a areia caindo, e a certeza que uma hora vai acabar.
Então cada minuto, cada segundo vale muito. Não dá para jogar fora. Não mais.

Lá tem coisas boas, é verdade, e essas eu espero preservar. Encontrei muita gente bacana para meu trabalho, muitas oportunidades e muito espaço para compartilhar o que faço. Também encontrei muitas pessoas fazendo coisas incríveis, coisas que eu nem poderia imaginar. Encontrei amigos de verdade (sim, é possível fazer amizades virtuais, e que depois também viram reais). E encontrei meu hobby, não posso deixar de mencionar, afinal, passei a colecionar as Blythes, Moranguinhos e Bonecas Vintage por conta dele, do facebook.
Isso eu quero conservar.

Mas também encontrei um terreno muito perigoso para a gente afundar numa rede de discordância, de rancores, de rompimentos.

Não é que a gente possa esperar só o que aprovamos. O mundo é feito de 7 bilhões de diferentes, não daria mesmo para achar que seria sempre “a nossa cara”. Mas desgastar-se com essa diferença é que não faz sentido. Quero evitar os confrontos desnecessários e desgastantes, porque isso custo muito caro, custa, sobretudo, um tempo que quero dedicar a outras coisas.

A diferença deve ser positiva, boa para a gente avaliar e mudar. Não para romper e separar, e em alguns momentos, as redes sociais parecem só saber fazer isso.

Eu não quero me perder no “meu mundinho” e ficar olhando só para mim.
Eu quero levantar a cabeça e olhar o horizonte, e enxergar algo que nunca vi, como foi nessa linda viagem de férias que acabei de fazer. Olhar outras paisagens, sim, e sempre, e trazer o que há de melhor de cada novo lugar.

E isso se aplica às redes sociais também; é sempre muito bom ver com os olhos dos outros, isso é empatia. Mas tem hora que a gente precisa de uma certa distância para enxergar esse horizonte, então estou me afastando um pouco de lá.

Por isso hoje escrevo aqui, coisa que adoro fazer, e venho em busca de uma experiência muito boa que já vivi, e sei que é real e possível. Escrever no meu blog sempre me fez bem, nunca, nenhuma vez foi uma experiência ruim. Então é aqui que quero compartilhar com vocês minhas ideias, meus pensamentos, minhas tristezas, alegrias, dúvidas, e tudo que tenho visto e vale a pena dividir, e principalmente tudo que ando fazendo.

Como sempre foi e sempre me fez bem.

108 dias para ficar mais leve e chegar mais longe. 108 dias para minha maratona.
E quem quiser pode me acompanhar aqui. 🙂

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Parque do Ibirapuera, onde estou treinando

Viajar é bom para nos trazer muitas ideias novas

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Pisando no Ártico

Se tem uma coisa que me enche de inspiração e boas ideias é viajar, conhecer novos lugares, novas pessoas e diferentes maneiras de viver.

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Eu uso as férias sempre para – de certa forma – trabalhar.
Fico ligada, olhando para tudo, observando, procurando coisas que poderei aplicar em meu trabalho depois.

Me alimento de imagens, e torço para que elas fiquem gravadas em meu subconsciente, e voltem depois, em forma de sonhos, que irão, assim, me ajudar a criar novas peças.

Escolhemos passar as férias na Noruega, no Ártico, e durante o inverno por um único motivo: queríamos muito ver auroras boreais.

E assim foi! Coisa mais linda a natureza nessa região de nosso planeta tão bonito. <3 aurora linda

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E adoro levar minhas Blythes comigo, fazer lindas fotos com elas e compartilhar aqui e em meus canais.

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Então assim encerro minhas férias por aqui, no Ártico, em um lugar tão lindo e diferente, de onde trago inúmeras paisagens na minha mente e muito mais amor por esse planeta em que vivemos, um lugar único e espetacular…

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Volto cheia de ânimo novo e muitas boas ideias! 😀


E as comprinhas para o ateliê…

Eu simplesmente não consigo viajar e não procurar lojas que vendam coisas bacanas para usar em meu ateliê. É mais forte que eu.

Ok, okay…
Eu tinha dito que esse ano eu ia usar o que tenho no ateliê e não ficar comprando mais coisas…
Mas quando a gente viaja pode abrir uma exceção, não é mesmo?

Bem, para começar, encontrei uma lojinha de esquina que vendia lãs, e lá, essas três, diferentes, que ficarão lindas em meus teares. Uma delas é de lã de alpaca trançada, bem diferente. 😀

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Depois, em uma loja de tecidos e artigos para patchwork, encontrei esses carretéis de fios de mohair para bordar. Nunca tinha visto nada parecido. Realmente não resisti!
Foi duro escolher as cores, porque havia muitas, todas lindas… Mas fiz uma seleção bacana, vai dar para bordar coisas bem legais.

E ainda encontrei por lá bastidores de madeira pequenos, que adoro, redondos e ovais. E uns tecidos japoneses que também não pude resistir.
Comprei até agulhas, vai que me dá um tempinho e consigo bordar na viagem, né? 😉

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E, por fim, em outro sebo encontrei um livrinho antigo, e esse será para eu usar como base e transformar em um livro de “altered art. Oba!

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E sobre certos encontros…

Uma das coisas que mais gosto de fazer quando viajo é ficar andando pelas ruas das cidades em busca de lojas e lugares especiais. Adoro lojinhas de aviamentos, de materiais artísticos, de ferramentas, de produtos inusitados, e de livros, claro.

Tenho me interessado por sebos nas últimas viagens que fiz, e entro à procura de algo que nem sei o que é. Gosto de pensar que eu vou encontrar, é só procurar. E repito, não sei nem oq ue estou buscando…

Em meu mais recente passeio pelo centro histórico de Valencia, na Espanha, encontrei esse simpático sebo.

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Os primeiros livros que me interessaram nesse sebo eram os de encadernações com capa dura, algumas em couro e muito antigas – encontrei exemplares de 1880, 1840.

Mas nenhum, em particular me tocou, porque embora o assunto do livro em si não fosse o ponto, eu precisam me conectar com o livro que iria encontrar de alguma maneira. E isso não estava acontecendo…
Depois de ficar uma boa meia hora sem decidir por nenhum, resolvi mudar minhas buscas para outras prateleiras, e abri mão do critério “encadernação com capa dura”. Precisava de mais possibilidades.

Aí, do nada, me deparei com esse pequeno exemplar, que na verdade é um catálogo de exposições francesas em Barcelona, no ano de 1917. O número que cativou, final 17, ele de novo, meu número da sorte. E uma publicação de 100 anos antes. Perfeito.

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Depois de olhar as primeiras páginas, abro o livro no meio, sem critério, e dou de cara com a indicação da exposição do pintor Henri Matisse, meu preferido, no Salão do Outono daquele ano. E no catálogo estão também Monet, Gauguin, Degas, Renoir…

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Bem, certeza absoluta, era esse o livro que eu queria encontrar.

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E hoje tem mais passeio pela cidade, oba! 😀


Meu 2017 e suas 17 pedrinhas

Já escrevi aqui falando como gosto de começar um novo ano.
E hoje quero contar a vocês porque o ano de 2017 é tão importante para mim.

Entre meus rituais de fim de ano, o que mais gosto é fazer uma boa caminhada no final do dia, sempre no dia 31 de dezembro. Acho simbólico, porque gosto de me mexer, me fazer sentir bem, então aproveito que estou caminhando para fazer um balanço do ano que está terminando, e naturalmente também fico pensando no ano que vai começar…

Outra coisa que gosto muito é me surpreender com coisas que encontro por acaso, pequenos objetos, coisinhas à toa…

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Nesse último dia 31 eu encontrei 17 pedrinhas bem bonitas pelo caminho durante minha caminhada, e fui guardando cada uma delas. Enquanto andava, pensei em 17 coisas que fazem (e farão) desse ano de 2017 tão especial, uma para cada pedrinha. Aí vão elas:

1. 17 é meu número preferido, e esse será o único ano com final 17 que irei viver, naturalmente. Então só isso já faz dele um ano especial… 😀

2. 2017 é o ano em que eu vou completar 50 anos. Sei que tudo são apenas números e convenções, na verdade dependendo do ponto de vista, nosso calendário pode não significar muita coisa para outras pessoas. Mas dentro dessa simbologia toda, fazer 50 anos é mesmo muito especial. Quem duvida? Meio século de vida!
Assusta um pouco, mas não me incomoda a idade. Eu tenho me sentido muito bem – poderia até dizer cada vez melhor. E ter 50 não muda nada na maneira como me sinto. Não me incomodam as rugas ou os sinais do tempo. Essas coisas apenas confirmam que sim, vivi muito, e bem, até aqui. E que ainda quero mais…

3. Vou completar 30 anos de casada com o Sérgio esse ano. Trinta anos é um bom tempo, e têm sido um tempo muito bom! O melhor de tudo é a certeza de que é com ele que quero passar o resto da minha vida. Cada ano que passa tenho certeza que fizemos as coisas certas, e minha família é o maior símbolo disso. Minha família faz tudo valer a pena.

4. Com tantas datas para comemorar, nesse ano vou fazer, junto com meu filho Rafael, nossa “Festa dos 80”. Meus 50, os 30 dele, e uma festa apenas com músicas dos anos 80, na minha opinião, as melhores ever. Coisa boa! Fui adolescente nos anos 80, o Rafa nasceu nos anos 80. Será “a” festa!

5. Em 2017 eu vou realizar um sonho antigo, vou viajar para ver a aurora boreal na Noruega. Mal posso esperar por isso, fico imaginando o quanto de ideias e imagens virão dessa viagem para me inspirar em meus trabalhos depois! E não vai demorar muito, oba!

6. Em 2017 também pretendo realizar minha primeira maratona, vou, finalmente correr os famosos 42,125 Km. Tenho me preparado para isso, e tenho esperado por isso há tempos. Era para ter sido há uns anos já, mas agora, pensando bem, é muito especial que seja em 2017, afinal nesse ano completo 17 anos de corrida! O número 17 de novo… Estou animada. 😀

7. E já que esse ano é da maratona, também quero, em 2017, superar de vez as lesões que me atrapalharam a corrida nos últimos dois anos, uma fasciite plantar e uma tendinopatia dos isquiotibiais. Nem vou dizer que espero me curar completamente, mas quero – e preciso – superar essas dificuldades, e para isso estou treinando duro, e a sério, com orientação, pela primeira vez em anos de corrida.

8. Quero dormir mais e melhor em 2017. Das coisas que o tempo levou, a que mais sinto falta é o sono sem nenhum problema. Há uns poucos anos não têm sido mais assim, então vou me esforçar e fazer tudo que for possível e necessário para conseguir de volta um pouco da qualidade do sono que perdi. Quero uma vida mais lenta e sossegada daqui para frente.

9. Uma das coisas que pretendo fazer para dormir melhor é praticar mais yôga. Quando comecei a prática, há uns 17 anos também (sim, comecei tudo junto!), eu fazia de 2 a 3 vezes por semana. Depois fiquei anos praticando por duas vezes na semana, religiosamente. Há uns dois anos eu passei a praticar apenas uma vez por semana, por conta de várias coisas que me afastaram um pouco desse tempo bom. Em 2017, volto a praticar duas vezes por semana, e certamente será bom para meu sono e minha corrida.

10. Ainda na lista de coisas que vão me fazer sentir melhor, quero mudar meus hábitos com a comida, e comer melhor e mais devagar. Eu nunca tive uma alimentação ruim, é verdade… Mas notei que andava comendo rápido demais, e sem dar muita atenção ao que comia. Como o preparo para a maratona pede mais disciplina nesse campo também, quero mudar meus hábitos, comer mais devagar e de forma mais equilibrada. Já comecei, e já me sinto melhor. É a mesma regra para o sono, quero desacelerar… Menos pode ser mais, afinal.

11. 2017 é o ano em que pretendo começar a esboçar um projeto de fazer livros de artista inspirados nos cadernos da minha mãe, que faleceu em 2015. Ano passado foi o ano para tudo se acomodar, ainda era cedo para mexer com essas lembranças da minha mãe. Mas agora, em 2017, sinto que o momento chegou. Projeto especial, sem data para terminar.

12. Esse ano também quero me dedicar a outro projeto especial de trabalho, e consolidar a pintura do Novo Bauernmalerei com um foco especial. Criar novas peças, elaborar novos projetos, e encher o ateliê com suas flores. Será o ano dessa pintura em meu ateliê.

13. Para meu ateliê eu ainda tenho outro projeto antigo, que já estou colocando em ação nesses primeiros dias de 2017. Quero produzir o maior número de livros, gravuras e outras criações apenas usando os materiais que já tenho. Em tantos anos de trabalho, juntei uma quantidade de material – mais do que suficiente para alguns anos de produção. Então já era mesmo hora de começar!
Usar o que tenho, buscar fora o menos possível, ir “acabando” com cada caixa de lápis de cor, cada frasco de tinta, cada folha de papel, como se não houvesse amanhã… (risos)

14. Ainda nessa mesma “vibe”, quero tirar pelo menos um livro da prateleira por semana em 2017. Mesmo que eu não leia todo, mesmo que seja apenas para buscar algumas coisas pontuais. Tenho uma biblioteca de livros de arte considerável, e acho que preciso começar logo a ler o que ainda não li. Afinal, o tempo está aí, passando.

15. E fechando a lista de coisas que quero fazer no ateliê esse ano, quero desenhar mais. Esse é um ponto de dificuldade para mim, e por isso mesmo, um desafio. Quero terminar o ano com mais cadernos de desenhos terminados do que jamais consegui fazer, e que esse seja um projeto para o resto da minha vida também.

16. Esse ano será o ano do Blythecon Rio, o evento mais esperado por todos colecionadores de Blythes, como eu. Isso sem dúvida já faz desse um ano muito especial. O encontro será no final agosto, mas desde o ano passado já estou curtindo, a cada semana, um pouco desse universo. Até lá, será um ano de muita brincadeira e diversão!

17. E, finalmente, para completar esse ano que será tão especial, espero no seu último dia fazer um novo ritual: criar um linda caixa para guardar essas 17 pedrinhas, como um “baú do tesouro”, e com elas guardar também as lembranças de cada uma dessas coisas boas que pretendo viver intensamente em 2017.
Que seja um ano para viver tudo muito, muito bem e não esquecer nunca mais. 😀

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E os treinos, como vão?

Vão bem! E agora vão melhorar…

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Eu assino um site sobre corrida (Runner’s World) que posta diariamente uma frase sobre o tema (RW Quote of the Day). Dia desses veio uma frase que é perfeita, que diz algo que sempre pensei e vivo diariamente:

“You have time to run, if it’s a priority for you. If it’s not a priority, that’s fine—but don’t say you don’t have time.
– Laura Vanderkam »

Quer dizer algo como: Se você tem tempo para correr, é porque é uma prioridade para você. Se não é uma prioridade, tudo bem, mas não diga que você não tem tempo.

E corrida é exatamente isso, se é uma prioridade, você vai dar um jeito de colocá-la em sua vida.

Para mim é prioridade, e meus planos para esse ano de 2017 estão tomando forma.
Pretendo correr minha primeira maratona em junho desse ano, em Porto Alegre – RS, e semana passada tive meu primeiro contato com meu treinador.

Eu tive um treinador de corrida apenas por uns 2 meses, há uns 10 anos, quando tive uma asma por esforço e precisei mudar minha rotina de treinos. Ele me ajudou, na época, a voltar a correr depois de umas semanas apenas nadando e trotando leve.
Não considero esse tempo como um treino, porque na verdade eu estava em recuperação. Então posso dizer que em 17 anos de corrida essa será a primeira vez que irei treinar com um treinador de fato.

Hoje fiz o teste de 3 km, que consiste em correr no plano um tiro de 3 km, no máximo da velocidade que você consegue, usando um relógio que marca a frequência cardíaca. O objetivo é encontrar seu batimento máximo e o médio, para que o treinador monte a planilha de treinos baseando-se nessas informações.

Foi duro fazer um tiro, que é uma corrida mais curta e bem rápida, porque eu costumo correr mais por distâncias, sem me preocupar com tempo. Meus treinos regulares não têm tiros, mas todo mundo concorda que são esses treinos, de tiros, que melhoram o condicionamento dos corredores. São, portanto, fundamentais.

Acabei bem cansada, e nos metros finais tive a impressão que não ia conseguir, mas no fim, não fui tão mal assim:

Fiz:
3 km corridos em 15:16 (tempo)
FC média 179 (105%) (batimentos por minuto)
FC máxima 188 (110%)
FC mínima 130 (76%)

Ritmo médio 5:05 (minutos por quilômetro)
Ritmo máximo 4:10

Agora é esperar pela minha planilha e começar a treinar de verdade.
Faltam 158 dias para a minha maratona.
Pensando assim parece pouco, mas é suficiente. 😀
Vamos lá treinar!