Uma das coisas que mais gosto de fazer quando viajo é ficar andando pelas ruas das cidades em busca de lojas e lugares especiais. Adoro lojinhas de aviamentos, de materiais artísticos, de ferramentas, de produtos inusitados, e de livros, claro.
Tenho me interessado por sebos nas últimas viagens que fiz, e entro à procura de algo que nem sei o que é. Gosto de pensar que eu vou encontrar, é só procurar. E repito, não sei nem oq ue estou buscando…
Em meu mais recente passeio pelo centro histórico de Valencia, na Espanha, encontrei esse simpático sebo.
Os primeiros livros que me interessaram nesse sebo eram os de encadernações com capa dura, algumas em couro e muito antigas – encontrei exemplares de 1880, 1840.
Mas nenhum, em particular me tocou, porque embora o assunto do livro em si não fosse o ponto, eu precisam me conectar com o livro que iria encontrar de alguma maneira. E isso não estava acontecendo…
Depois de ficar uma boa meia hora sem decidir por nenhum, resolvi mudar minhas buscas para outras prateleiras, e abri mão do critério “encadernação com capa dura”. Precisava de mais possibilidades.
Aí, do nada, me deparei com esse pequeno exemplar, que na verdade é um catálogo de exposições francesas em Barcelona, no ano de 1917. O número que cativou, final 17, ele de novo, meu número da sorte. E uma publicação de 100 anos antes. Perfeito.
Depois de olhar as primeiras páginas, abro o livro no meio, sem critério, e dou de cara com a indicação da exposição do pintor Henri Matisse, meu preferido, no Salão do Outono daquele ano. E no catálogo estão também Monet, Gauguin, Degas, Renoir…
Bem, certeza absoluta, era esse o livro que eu queria encontrar.
E hoje tem mais passeio pela cidade, oba! 😀