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Mais uma exposição, a décima!

Oi, pessoal, bom dia e boa semana para vocês!

Mais uma exposição, mais um convite. Essa exposição, que faz parte de uma campanha de prevenção do diabetes. A proposta era que os 15 artistas plásticos participantes criassem círculos, que poderiam ser azuis iu não, como o símbolo da campanha mundial de prevenção da doença.

A ABAPC (Associação Brasileira de Artistas Plásticos de Colagem), da qual faço parte, têm participado ativamente de campanhas como essa, e eu preparei o meu trabalho, que segue abaixo, logo após o convite da exposição, que será inaugurada amanhã, dia 08/11, e ficará no Centro de Exposições do Shopping Boulevard Tatuapé até o dia 30/11.


Meu trabalho para essa exposição, “Astro”

Quem puder, passe por lá. Amanhã eu não estarei na inauguração aqui porque irei para a inauguração da Bienal de Gravura, em Buenos Aires. Mas farei fotos nas duas exposições, e depois colocarei tudo aqui. Bom dia para vocês!


Músicas que eu gosto

Oi, pessoal, boa tarde.

Já faz um tempo que estou com vontade de escrever sobre as músicas que eu gosto aqui no blog. Na verdade já falei disso algumas vezes, no meio de algumas conversas e na abertura de alguns posts.

Mas esse é um tema que está sempre em minha cabeça, afinal eu escuto músicas o tempo todo: durante minhas corridas, no ateliê, enquanto trabalho, no carro, dirigindo no trânsito de São Paulo. E a verdade é que nossas vidas ficam muito melhores com música, vocês não acham?

Recentemente eu tive a oportunidade de assistir a três shows de cantores e bandas que gosto muito: primeiro, o show do Lenine, no final de setembro. Adoro o Lenine, adoro suas músicas e sobretudo suas letras. Para mim ele é um poeta, escreve aquilo que eu penso e sinto.

Depois foi o show do Tears For Fears, uma banda dos anos 80 que toca algumas das minhas músicas preferidas, como Woman in Chains, Everebody Wants to Role de World, Advice for the Young at Heart. Assisti-los ao vivo foi muito especial, como sempre é, ir a um show ao vivo. Fiquei realmente emocionada… Estar o mais próxima possível de seus artistas preferidos, respirar o mesmo ar que eles, passar algumas horas juntos (bem, é claro que não funciona assim, mas eu gosto de imaginar isso)… tudo isso é muito bom, e para mim, uma experiência inigualável. Chorei de emoção quando eles começaram a tocar Woman in Chains… Essa é, sem dúvida, uma das minhas músicas preferidas, sempre está presente nas minhas seleções, no meu ipod.

E, fechando com chave de ouro essa excelente temporada de shows, assisti à Sade, no final de outubro. Ela também é a autora de algumas das minhas músicas preferidas, e sempre foi uma das minhas artistas preferidas também. E vê-la ao vivo só confirmou isso, ela é maravilhosa, linda, exuberante, uma verdadeira diva… Que voz, que presença, que linda!

Fiquei realmente encantada… eu costumo dizer que se fosse para escolher alguma personalidade para ser (como se isso fosse possível, né?), eu queria ser a Sade. Nada mal, não? E agora que eu a vi ao vivo, não tenho dúvidas, é ela!

Bem, deixando essas divagações malucas de lado, eu tenho minha seleção de músicas preferidas, naturalmente. Nessa seleção estão aquelas que sempre ouço nas minhas corridas; outras que são minhas músicas preferidas de sempre – aquelas que fazem parte da trilha sonora da minha vida; outras que são as que eu gosto assim, sem nenhum motivo especial…

Algumas delas, estrangeiras:

– Woman in Chains, do Tears for Fears
– Sounds of The Sea, do Renaissance
– Rocket Man, do Elton John (há uma versão dessa música com a Kate Bush que é mais bonita ainda)
– Coming Back to Life, do Pink Floyd
– The Morning Fog, com a Kate Bush
– Why, com a Annie Lenox
– No Ordinary Love, da Sade
– Under Pressure, com o Fred Mercury (Queen) e o David Bowie
– I Still haven’t Found What I’m Looking For, do U2
– Yellow, do Coldplay
– 7 Seconds, do Youssou N’Dour com Neneh Cherry

E entre as músicas brasileiras:

– Silêncio das Estrelas, do Lenine
– Paciência, também do Lenine
– Diariamente, da Marisa Monte
– Quando o amor acontece, do João Bosco
– Águas de Março, do Tom Jobim
– Retrato em Preto e Branco, também do Tom Jobim
– Paralelas, do Belchior
– Beatriz, do Chico Buarque
– Atrás da Porta, também do Chico Buarque

Claro que eu gosto de muitas e muitas outras. Mas essas são as que primeiro me vêem à cabeça, aquelas que eu sempre quero ouvir, e que em todos os momentos da minha vida eu quis ouvir. É isso que chamo de “trilha sonora das nossas vidas”, essas músicas que nos acompanharam em momentos especiais.

Ah, e como eu já disse que adoro shows, sempre adorei, já me preparei para um show imperdível que vai acontecer ano que vem, o show do Roger Waters, do Pink Floyd, no Estádio do Morumbi, aqui em São Paulo, nos dias 31/03 e 01/04/2012, show da turnê The Wall. Maravilhoso! Eu já garanti meu ingresso…

Bom domingo musical para vocês… e até mais!


Bienal de Gravura em Buenos Aires

Olá, pessoal, boa tarde…

Hoje eu queria contar a vocês outra coisa que me deixou muito feliz. No final de setembro enviei dois trabalhos, duas serigrafias, para Buenos Aires, na Argentina, para a BIENAL INTERNACIONAL DE PEQUEÑO FORMATO FRANCISCO PACO URONDO, Centro Cultural da Faculdade de Filosofia e Letras de Buenos Aires e esses trabalhos estarão lá expostos, e depois farão parte do acervo do museu de gravura.

Fiquei duplamente feliz porque adoro gravuras de pequenos formatos, uma modalidade em que os trabalhos devem ter no máximo 10x10cm, às vezes menos, dependendo da exposição.


Árvore em Rosa

O tema das minhas serigrafias, feitas especialmente para essa exposição não poderia ser outro, árvores. Árvores é tudo que tenho feito nesses últimos tempos. Mas gosto disso, gosto da ideia de pegar um tema e explorar ao máximo. E ainda existem tantas possibilidades…


Árvore em Verde

E saber que algumas serigrafias minhas farão parte do acervo um Museu Internacional de Gravura me deixa muito mais feliz ainda. Coisa boa! Ainda estou longe de ser uma grande gravurista, mas estou no meio. Isso é que conta…

Já contei essa história aqui para vocês, enquanto eu ainda estava na faculdade participei das minhas primeiras exposições, sempre com minhas serigrafias, e havia deixado esse universo de lado nos últimos tempos, em função de muitas coisas: do trabalho, da família, do meu próprio desenvolvimento.

Retomar agora com essas exposições é muito importante porque marca uma mudança no foco do meu trabalho que eu já vinha planejando. Vou terminar esse ano com a participação em 10 exposições, sendo 2 individuais, 1 internacional, 2 de arte postal, as demais coletivas, e em todas eu participei com trabalhos diversos como gravura, pintura, colagens, objetos… Estou satisfeita, não posso negar. Mas quero muito mais para o ano que vem.

Não que eu vá deixar o artesanato de lado, nada disso, estou até planejando algumas coisas novas, gravar mais miniaulas e com um formato melhor, desenvolver novas técnicas, e muito mais. Tudo isso está em meus planos. Mas não pretendo abandonar novamente esse universo das exposições.

E visitar essa Bienal em Buenos Aires é uma forma de prestigiar esse novo tempo.


Bonecas de Papel… quem se lembra?

Olá, amigas!
Ok, olá para meus amigos também…
Mas hoje estou pensando mais em minhas amigas, meninas como eu que compartilharam uma brincadeira muito divertida, criativa e de mãos habilidosas, com a nossa cara. Sim, meninos também podiam gostar da brincadeira, é verdade… Mas aposto como éramos, em geral, meninas…


Minha bonequinha de papel preferida

Há alguns anos trás, uns 10 anos, talvez, eu encontrei em um sebo algumas dessas revistinhas de bonecas de papel de recortar. Fiquei muito surpresa na hora, afinal, fazia tanto tempo que eu não via e nem me lembrava mais dessa brincadeira que havia feito parte de toda minha infância, a brincadeira de recortar as bonequinhas de papel e vesti-las com suas roupinhas, que me dei conta que havia passado uns bons anos sem nem sequer me lembrar de o quanto gostava delas… E, naturalmente, comprei uma para mim.


Roupinhas…

Eu tinha virado mãe, dona de casa, micro empresária, por muitos anos não havia mais espaço em minha vida para brincar de bonecas. Mas… será? Eu nunca deixei de gostar de bonecas, na verdade… E até tinha voltado a colecionar minhas bonecas de pano. Mas essas bonequinhas de papel… Ah, havia lago de especial ali. E hoje eu entendo muito bem o que era…


Mais roupinhas…

Era o gosto pelo trabalho manual também, afinal a gente tinha que recortar a bonequinha, recortar as roupinhas, montar a estrutura, imaginar o cenário… E eu fazia verdadeiras casinhas com caixas de papel vazia, que eu imaginava que eram os armários, improvisava cabides de arame para pendurar as roupinhas, fazia até caminhas de papel para aquelas bonecas.


E a roupa de princesa…

Me lembro que meu pai sempre nos levava, eu e meus irmãos, à banca de jornais aos domingos, era dia de ganhar uma “revistinha”. E eu sempre escolhia essas, ou quase sempre. Me lembro que havia uma variedade de coleções, e elas tinham nome! Essa coleção, da “Vanessa”, era uma das minhas preferidas. Eu gostava mais das menininhas com carinhas de meninas de livros americanos, eram tão diferentes de nós (acho que essas coleções eram importadas, apenas traduzidas e impressas aqui no Brasil). Elas era diferentes porque usavam roupas que nós não usávamos, como botas e casacos para neve, capa de chuva com gorrinhos diferentes, luvas… Ah, e havia sempre uma roupa de princesa, como o modelo acima, e aí então eu viajava mesmo… Me imaginava a própria princesa!


Suporte para montar a bonequinha… a gente já fazia um tipo de scrapbook na época, não é mesmo?

Lembro que algumas publicações vinham com as imagens das outras bonequinhas em miniatura na contra capa, para você acompanhar e ver que modelos já tinha e que modelos poderia ter, lembro de ficar comparando os nomes de cada uma delas… Havia aquelas que eu gostava mais, as que eu gostava menos (as que tinham carinhas de bebês eu não gostava tanto…). Lembro que sempre levava essas bonequinhas comigo quando ia passar as férias no sítio do meu avô, e que acabava perdendo ou estragando as bonecas de papel, mas sempre queria outra. E assim foi, por anos e anos… Me lembro até de uma que meu pai trouxe de uma viagem para fora do país, viagens que eram muito raras na época. Ele encontrou uma que se chamava Cristina, e que se parecia muito comigo. Ou pelo menos na minha cabeça de criança parecia…

Ah, bons tempos, que saudades! Eu achei essa revista em meu baú de coisas muito especiais que tenho em minha casa, no meu quarto, dia desses, quando estava procurando um livro antigo. Agora, para completar a “sessão nostalgia”, só falta eu encontrar uma daquelas galinhas de brinquedo que botavam ovinhos de e vinham numa caixinha que imitava um viveiro. Minha mãe sempre comprava para a gente na feira, que fazíamos todos os sábados… Alguém se lembra? Que saudades!


Viagens: Madrid e Frankfurt

Oi, pessoal, boa tarde, bom domingo para vocês…

Estive viajando semana retrasada, e vocês já sabem, falei um pouquinho sobre isso, mas queria muito compartilhar as coisas que andei vendo por lá. Então aproveito que hoje estou mas sossegada de tempo para escrever aqui no blog.

Madrid é uma das cidades mais bonitas que já conheci. Não que eu conheça tantas assim (risos), mas sem dúvida é uma das mais impressionantes, com suas ruas arborizadas; calçadas largas; prédios baixos, antigos e conservados; seus cafés com mesinhas nas calçadas, suas confeitarias típicas. Caminhar por Madrid a pé é uma delícia. Eu já tinha visitado a Espanha em 2007, e na ocasião também fui à Barcelona, Sevilla e várias cidades menores da região, que também adorei. Mas Madrid… Eu moraria em Madrid, fácil!


Puerta de Alcalá


Avenidas em Madrid


Entrada do parque El Retiro


Museu Del Prado

Além disso, o metrô funciona muito bem, é bem sinalizado e te leva aos principais locais da cidade. Como andar em Madrid é agradável (ruas bonitas e limpas, calçadas largas), não é preciso nem depender de carro. E há uma infinidade de atrações, o parque El Retiro, os museus, incríveis: Del Prado, Thissen, Rainha Sofia… O palácio, que é lindo, as praças e inúmeras fontes. E as lojinhas, cafés e confeitarias com suas mesinhas nas calçadas… E as árvores, quantas árvores! Tudo muito, muito bonito.


Árvores de Madrid

E o parque El Retiro, então? Lindo, mais arborizado ainda, com prédios (teatros, restaurantes, cafés e museus) bem antigos e conservados, uma pista de corrida ótima e muitos, muitos turistas também…


Vistas do parque


Metro de Madrid

E vejam como era a rua e a entrada do metrô no bairro em que eu estava hospedada… Assim não dá mesmo vontade de sair para passear?

Eu, que sou louca por mercados, passei uma manhã ótima no Mercado de San Miguel, que fica bem ao lado da Plaza Mayor de Madrid. Na Espanha há uma tradição interessantes, as cidades eram construídas a partir de uma Plaza Mayor, ou “praça maior”, onde ficavam os edifícios oficiais (prefeitura, palácio do governo, câmara, tribunais, ministérios…). Essas praças hoje são quase sempre centros de turistas, com restaurantes e lojinhas típicas. E esse mercado fica bem ao lado dessa praça, sempre cheia de gente do mundo todo.


Mercado de San Miguel

Aproveitei a viagem também para visitar uma loja especializada em encadernação artística e materiais para encadernações, a loja Baile, que vende todo material necessário para a técnica, como uma variedade enorme de ferramentas, prensas, carimbos, espátulas, papéis, couros, tecidos… Adoro conhecer lojas especializadas, e essa, bem antiga e tradicional, é uma delícia de visitar. Fundada em 1966 (um antes do meu nascimento), essa loja é referência na capital Espanhola.


Loja Baile

Lá eu comprei algumas coisinhas bem bacanas para meu ateliê. Além de ser muito bacana comprar materiais especiais de trabalho (é a coisa que em mais adoro!), visitar uma loja de rua como essa, “de antigamente”, um tipo de loja que quase não existe mais aqui, foi um passeio e tanto. Mas no primeiro dia que eu a visitei, logo na segunda-feira quando cheguei em Madrid, fui de metrô para lá e perdi a viagem… Cheguei pouco antes das 16h, e me esqueci que em Madrid o comércio de rua fecha para a siesta das 14 às 17h. Sério, eles fazem 3 horas de almoço, sem discussão. Acabei voltando na terça de manhã. Acho que no fundo eles estão certos, priorizam a qualidade de vida. Para quê fazer tudo de forma tão corrida e estressante como fazemos, não é mesmo?

As confeitarias e cafés em Madrid são muitos, e a maioria têm essas vitrines lindas, parecem lojas de enfeites, e não apenas as muitas lojas de souvenirs que há por lá. As lojas de doces e “guloseimas” também são muito comuns, e além dos caramelos, torrones e churros, doces bem típicos de Madrid, as batas fritas (ou papas fritas) do tipo “chips” são bem típicas e você as encontra em vários e simpáticos pontos de venda por toda cidade…

FRANKFURT

Passei a semana em Madrid e no final de semana fui para a Alemanha, para Frankfurt. Essa é mais uma das vantagens quando se está na Europa, todos os países ficam próximos, é possível visitá-los com vôos curtos ou até mesmo viagens de trem. Eu ainda não conhecia a Alemanha, e adorei, naturalmente….

Frankfurt é uma cidade de negócios, moderna, com várias Universidades e muitos jovens, embora conserve os prédios antigos de forma exemplar.

Por ser um centro financeiro importante em toda Europa, Frankfurt também é centro de muitas manifestações. Havia um acampamento de protesto contra a economia global (Ocupy Wall Street) em uma praça importante no centro da cidade, onde fica o símbolo do Euro.

Acabei indo visiter Heildelberg, uma linda e pequena cidade turística, distantes cerca de 1 hora de Frankfurt, e que possui um belo castelo, em reforma, mas que ainda está bem conservado e é muito imponente e bonito.


Uma taverna típica em Frankfurt

Mas Frankfurt é também uma cidade tranquila, não muito grande, comparando-a com São Paulo (tem pouco mais de 2,3 milhões de habitantes considerando toda área urbana). Fica às margens do Rio Meno, e possui uma linda estação de trem de onde podemos pegar um trem para qualquer outra região da Alemanha e para vários países da Europa.


Heidelberg, cidade histórica próxima à Frankfurt

Também visitei dois museus nesses passeios, em Frankfurt o Museo Casa do poeta Goethe, que ficava ao lado do hotel em que estava hospedada e em Heidelberg o Apotec Museum, museu da Farmácia, com salas repletas de ferramnetas, frasquinhos, ervas e móveis que pareciam ter siod retirados de casinhas de bruxas… Muito legal!



Ótimas viagens, lindos passeios e muitas coisas bacanas vistas. E um monte de vontade de aproveitar tanta inspiração e trabalhar muito, é sempre assim que me sinto quando faço coisas estimulantes…

Aguardem porque em breve trarei mais novidades que tenho feito por aqui. Um abraço!


Projeto Mestres da Obra, árvore finalizada.

Olá, pessoal, boa tarde!

Ando bem sumida, não é mesmo? Sim, eu sei, e lamento a minha ausência, naturalmente… Sinto falta de falar mais com vocês, de escrever, de compartilhar minhas coisas. Uma certeza vocês podem ter, continuo com vários projetos, alguns já conhecidos de vocês, outros novos e bem diferentes, e o que me afastou um pouquinho daqui foi só a absoluta falta de tempo, nunca de vontade.

Mas, por falar em tempo, e para não perdê-lo, vamos ao que interessa. Um dos projetos que eu havia iniciado nesse mês de outubro chegou ao final ontem. Como havia contado a vocês, eu fui convidada pela ONG Mestres da Obra para ministrar um módulo no projeto e dar aulas de arte para uma turma de operários de uma obra aqui de São Paulo.

Eu orientei os alunos, que não tinham nenhuma experiência com arte, a criarem uma árvore com materiais retirados da obra. Apresentei um desenho de árvore como modelo e eles fizeram algumas adaptações, principalmente trocando os “arredondados” do desneho original para formas mais angulosos, de modo que pudessem cortar a árvore com madeira da própria obra e com as ferramentas manuais que eles usam em seu trabalho regular.


Desenho de árvore que mostrei como sugestão aos alunos

A ONG Mestres da Obra monta ateliês no próprio canteiro de obras, e os alunos são voluntários, todos são convidados, participam aqueles que quiserem. A rotatividade dos alunos é bem grande porque muitos vão mudando de trabalho, ou ficam por períodos pequenos em cada obra. E, além dos arte educadores fixos do projeto, eles sempre chamam artistas com diferentes experiências e áreas de atuação para apresentarem esse módulos, como eu fiz. Eu conversei com os criadores do projeto antes de iniciarmos meu módulo, decidimos juntos por fazer uma árvore só, com 2 metros de altura, então eu passei a minha sugestão de desenho acima, eles cortaram a árvore em duas metades, com madeira e ferramentas da própria obra.


Ângela e Dimas, da ONG Mestres da Obra


Galpão-ateliê onde estávamos trabalhando nessa última aula


Visão interna do ateliê

Na primeira aula, com a árvore já cortada em duas metades, eu mostrei alguns dos meus trabalhos que têm como tema as árvores e conversamos sobre o que poderíamos fazer para decorá-la. Decidimos também serrar uma das metades ao meio e prender as partes com dobradiças, para que a árvore pudesse ficar dobrada. Em seguida eles pintaram todas as peças com tinta látex preta.


Árvore pronta sem a decoração

Na segunda aula nós fizemos um exercício com cores, eu mostrei alguns papéis pintados que uso em meus trabalhos (vocês que me acompanham sempre já devem ter visto vários deles aplicados de várias maneiras). E eles pintaram seus próprios papéis.


Papéis pintados pelos alunos… eles são mais contidos que eu com as cores, mas gostaram da experiência…

Na terceira aula eles pegaram várias recortes de madeira, da madeira que sobrou da árvore,e pintaram as laterais com tinta preta. Depois forraram esse apliques com os papéis pintados por eles.


Apliques já forrados

E, por fim, na última aulas eles fixaram os apliques na árvore.


Árvore pronta!


Turma final de alunos

Vários alunos participaram desse projeto, algo ente 15 ou 20. Mas a cada aula estavam apenas uns 5. Infelizmente não consegui anotar o nome de todos, mas vou ver com a equipe se eles podem me passar, porque eles anotam tudo, os nomes, de onde cada umd eles vêm, quanto tempo trabalham na obra, para onde vão depois, essas coisas…

E aí vão mais algumas fotos do nosso trabalho:

É isso aí, mais um projeto concluído. Gostei! Até o próximo, pessoal!