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Meu post preferido em novembro – segunda parte

Segue abaixo a segunda parte do vídeo que fiz ensinando a técnica do Patchwork Embutido, agora mostarndo o acabamento na moldura e os detalhes do gato, não deixem de assitir. Mais abaixo segue o risco, e como eu coloquei no post anterior, tenho em minha LOJA no site um kit para fazer esse quadrinho (veja link ao lado).

E fiquem de olho porque eu vou trazer mais sugestões com esse trabalho em breve!


Meu post preferido em novembro

Oi, pessoal, bom dia…

Hoje eu apresento meu post preferido em novembro passado, que, originalmente, seria uma técnica de Natal, mas como estamos no comecinho do ano, preferi escolher esse outro trabalho, que eu adorei muito fazer. Espero que vocês gostem também…

Oi, pessoal, tudo bem?

Espero que sim! Bem, como eu havia prometido, hoje eu trouxe uma novidade aqui para o blog.

Na verdade, essa técnica não é nada nova, é bem antiga e muita gente já fez coisas lindas com esse tipo de trabalho aqui na internet, mas é nova para mim, em meu blog, já que eu nunca apresentei uma sugestão dessa técnica para vocês, então aí vai:


Quadrinho country com gato em patchwork embutido

O passo a passo desse trabalho foi feito especialmente em vídeo para vocês, mas como a técnica é longa, vou publicá-lo em partes. Hoje vai o primeiro vídeo (abaixo) e amanhã eu colocarei aqui a finalização desse trabalho com o passo em texto e o risco também. Espero que gostem dessas novidades…


Meu post preferido em outubro

Olá, pessoal, bom dia!

Hoje vou reeditar meu post preferido em outubro, e não sem querer, meu trabalho preferido foi a tela que pintei para decorar a entrada do show-room do meu ateliê. Eu adorei essa pintura, mas devo confessar que vi tantos ateliês incríveis aqui em Vancouver que já fiquei com vontade de mudar todo meu show-room. Isso é uma das melhores coisas que acontecem quando viajamos, encontramos tantas coisas diferentes, novas referências, que voltamos cheios de idéias para novos trabalhos. Muito bom!

Bem, esse post foi publicado originalmente no dia 22/10/2010, e é meu post de n.295.

A Semana de Telas continua, e parece que está agradando… E eu guardei para hoje um projeto bem especial. Eu pintei uma tela com 1,5×1,5 m para a entrada do meu ateliê, que fica em uma parede pintada com uma textura azul e uma iluminação especial. Claro que escolhi pintar uma árvore, afinal esse é um dos temas preferidos em meus trabalhos, e também porque eu comecei o ano pintando uma árvore (veja o post do dia 01/01), que para mim tem muitos significados especiais…


Tela da entrada do meu ateliê (ainda sem nome)

Bom, enfim, eu pintei essa tela na madrugada do dia 16/10 e fotografei cada etapa da pintura, então seguem as fotos abaixo:

O primeiro passo do trabalho foi riscar o desenho na tela com uma lápis mais forte (3B) e depois cobrir toda tela painel com tinta acrílica pata telas na cor branco, aplicada com um rolinho de espuma. Aí deixei secar de um dia para outro, ou seja, risquei e pintei o fundo de branco no dia 15/10.

No dia 16 comecei a pintura lá pelas 16h. Eu não tinha ainda pensando nas cores que ia utilizar no desenho, sabia apenas quais seriam as cores do fundo, um tom de azul ultramar, próximo ao tom da parede e um lilás bem claro.

Mas eu gosto de pintar o fundo no final do trabalho, então comecei pela copa da árvore, pintando um dos detalhes lateriais com a cor azul turquesa mescaldo com branco, para o fundo mais claro, e o mesmo azul mais escuro para fazer a sombra. Eu primeiro pinto a cor mais clara, no fundo, e depois venho com a cor mais escura, sobre o fundo ainda úmido, para que as cores se mesclem bem.

Em seguida pintei a outra lateral, com tons de amarelo e laranja, e aí já escolhi a cor da parte superior central da copa da árvore, um tom de verde inglês claro, com mais branco e amarelo, para ficar bem clarinho mesmo. A essa altura eu já tinha ido para casa lá pelas 20h, jantei com a família, escrevi meu post do dia aqui no blog e voltei para o ateliê às 22h para retomar o trabalho.

Continuei pintando a copa da acrescentendo os tons de verde e vermelho, e aproveitei as tintas que já estavam na paleta para começar a pintar as flores. Depois pintei o tronco da árvore, e eu já sabia, a ess altura, que ele teria tons de verde mais pastel e detalhes em laranja e branco.

Também fui pintando as flores do jardim, equeilibrando as cores de acordo com as cores dos outros elementos da tela. Então comecei a pintar o fundo, e como eu já havia escolhido as cores, foi fácil. Fiz um leve sombreado com um tom mais escuro tanto na parte inferior do fundo pintado com azul como na parte superior do fundo pintado em lilás.

Daí para frente foi mais fácil escolher as cores dos outros elementos, apenas fui vendo o que faltarai para equeilibara pintura e fui acrescentando. Também pintei as lateriais do painel, por isso em determinado momento tive que inverter a tela para pintar o chão.

Como a tela é grande e não cabia nem no meu cavalete nem em nenhuma mesa, tive que me agacharm ajoelhar e até deitar no chão em alguns momentos para conseguir uma posição mais confortável para fazer a pintura (confortável para as mãos, o resto do corpo cansou bastante…).

Bem, já era mais de 4h e eu estava esgotada, ams a tela tinha que ficar pronta, mas ainda faltava o contorno (a tela de ponta cabeça é a que está todo pintada, sem os contornos). Normalmente eu contorno primeiro com atinta para telas preta aplicada a pincel, e depois realço os traços coma tinta relevo, mas não daria tempo, então optei por fazer apenas o contorno com a tinta relevo.

Momento tenso: fui pegar minhas bisnagas de tinta relevo preta e descobri que das 5 que eu tinha 3 estavam vazias e duas pela metade. Será que ia ser suficiente? bem, só tinha um jeito de descobrir, fazer o contorno. levei a tela para a mesa da sala de aula, que é mais espaçosa, tomando todo cuidado do mundo porque a pintura aidna estava úmida em algumas partes e fui fazendo so traços. A inauguração seria ás 15 horas e a tela tinha que estar na parede ás 14h.

No final deu tudo certo, as tintas acabaram mas firam suficientes, e eu até gostei bastante do efeito de contorno mais delicado que acabei fazendo. Às 4:45 terminei, arrumei o que deu para arrumar e fui dormir 2 horinhas até ás 7h20. Cansou mais valeu a pena…

O que vocês acham? Bem, amanhã tem mais telas por aqui…


O melhor Bolo de Chocolate do mundo!

Oi, pessoal, bom dia!

Hoje estarei no programa Tudo Artesanal, com o Peter Paiva, como falei para vocês ontem. Na verdade, estaremos eu, o Peter (é claro!), a Rosana Pardo e o Marcelo Draghan. Cada um de nós irá ensinar um trabalho e dar dicas legais para seus artesanatos ficarem ainda mais bacanas, e depois eu vou ensinar (muito rapidamente, é verdade) como fazer a minha receita especial de bolo de chocolate.

Eu não tive tempo de preparar as fotos para esse post, mas vou ficar devendo… Quando voltar de viagem prometo fazer o bolo, fotografá-lo para colocar a foto aqui e postarei também as fotos que tiramos durante a gravação desse programa em meu ateliê. Prometo!

Por hora, segue um pouquinho da história dessa receita.

A receita original desse bolo quem me deu foi uma tia muito querida, minha tia Elena, do Rio de Janeiro, que me ensinava a cozinhar quando eu era pequena e que me deu de presente quando fiz 15 anos um caderno de receitas feitos por ela, a mão, com várias receitas que faço até hoje. E uma delas era a da Torta Sacher de Chocolate. Essa torta é famosa em Viena, em um hotel de lá, que servia e serve até hoje essa receita especial, que leva o nome do cozinheiro que a criou. Na receita original o bolo, que é mais consistente, têm recheio de geléia de damasco, mas eu fiz uma adaptação e tirei o recheio, deixando-a mais com cara de bolo. E meu toque especial foi a cobertura, que desenvolvi especialmente para esse bolo. O original também tem a cobertura, mas eu mudei um pouquinho também… Aí vai:

Bolo de Chocolate
Por Cristina Bottallo

COBERTURA – INGREDIENTES:

– 2 xícaras de leite
– 2 xícaras de chocolate em pó (nestlé – 2 frades)
– 1 xícara de açúcar
– 1 colher de sopa rasa de margarina
– 1/2 xícara de café de conhaque

MODO DE FAZER A COBERTURA:

Comece sempre pela cobertura e deixe-a no fogo enquanto prepara o bolo. Junte todos os ingredientes menos o conhaque na panela, uma panela mais funda e de boca larga, e leve em fogo alto, mexendo com um colher de pau sempre, até ferver. Quando ferver, abaixe o fogo e deixe ferver por mais uns 20 minutos, sempre mexendo de vez em quando, e virando a panela para a cobertura não pegar. Acrescente o conhaque e deixe ferver por mais uns 5 a 10 minutos. A cobertura deve ficar bem espessa, mas não deixe que pegue na panela para não queimar nem formar caroços. Deixe-a na panela.

MASSA DO BOLO – INGREDIENTES:

– 2 xícaras de farinha de trigo
– 12 colheres de sopa bem cheias de chocolate em pó nestlé
– 1 xícara de leite talhado no fogo morno com algumas gotas de limão ou vinagre (apenas morno)
– 1 e 1/2 xícaras de açúcar
– 5 ovos gemas e claras separadas
– 2 tabletes de margarina (ou 200gr)
– 1 colher de café de bicarbonato de sódio

MODO DE FAZER:

– Bata as claras em neve e reserve.
– Dissolva o chocolate em pó no leite morno.
– Junte o açúcar e a margarina e bata bem, até formar uma farofa. Junte as gemas e continue batendo, até que fique uma gemada clara.
– Junte as claras batidas em neve, de pois o chocolate dissolvido no leite e por fim a farinha de trigo, e continue batendo.
– Acrescente o bicarbonato e mexa mais um pouco.
– Coloque em assadeira redonda sem furo e com cerca de 28 cm de diâmetro, untada, e leve para assar em forno médio a quente, por cerca de 40 minutos ou até que não grude mais no palito.
– Desenforme quente (é mais fácil), deixe esfriar só um pouco e cubra com a cobertura.

Eu garanto a vocês que esse é o melhor bolo de chocolate que já comi. Espero que gostem também…

Beijos e até mais!


Meu preferido em setembro…

Ok, ok, sou suspeita por gostar do mês de setembro, e mais ainda por ter escolhido esse post como meu preferido, afinal é meu logo, o símbolo do meu ateliê… mas esse mês foi realmente incrível!

Aí vai, meu post preferido em setembro de 2010:

Bom dia!

Bem, vocês talvez não se lembrem, mas eu comentei em julho que estava fazendo um curso de bordados do Haiti. Demorei bastante para finalizar o trabalho, mas finalmente consegui:


Bordado que eu fiz, a flor-coração, símbolo do meu ateliê

Esse trabalho é típico do Haiti e está ligado à tradição sagrada do Vodu, que é a religião majoritária do país, uma religião semelhante ao nosso Candomblé. Nessa religião é costume o uso de bandeiras bordadas com imagens das diferentes divindades e cenas religiosas, tanto nos cerimoniais e rituais como nos templos religiosos.

Pois bem, um dos maiores mestres dessa arte, o artista Yves Telémaque esteve aqui em São Paulo, expondo seus trabalhos no Museu Afro Brasil, e também deu algumas oficinas da técnica. Eu tive a satisfação de participar de uma delas.

Na foto eu apareço ao lado dele, que está sentado. O rapaz em pé é o Daniel, que foi contratado para ser uma espécie de tradutor durante o curso. O artista só fala o crioulo, idioma oficial do Haiti, língua que mistura um pouco de francês com um dialeto africano, por isso a aula praticamente foi com mímicas. O Daniel é do Senegal, e também não fala crioulo, mas ele e o Telémaque trocavam algunas ideias em francês e ele passava para o português.

Eu fiz o trabalho acima, a flor-coração do meu ateliê como uma pequena amostra da técnica. O trabalho consiste em contornar o desenho com um fio feito de contas, miçangas ou canutilhos e depois bordar os motivos, preenchendo-os com lanetejoulas e paêtes.

Não é complicado, mas é muito, muito trabalhoso. Acho que levei umas boas 20 horas (ou perto disso) para bordar o modelo acima, e olha que ele mede 18×22 cm apenas! Imaginem quanto tempo leva para bordar uma bandeira com desenhos ricamente elaborados e cheia de detalhes, na medida de 70×90, que era o tamanho padrão dos trabalhos expostos… Nem consigo imaginar!

O trabalho é feito em um bastidor, de forma que a parte de trás do tecido fique exposta para ser trabalhada, e esse bastidor deve ter uma medida um pouco maior que o tamanho do bordado que você irá fazer. O tecido utilizado é algodão cru fino e deve ser dobrado ao meio e preso no bastidor em camada dupla. Isso é importante para dar mais firmeza ao trabalho. Em seguida fazemos o desenho do motivo a lápis.

Primeiro preparamos o fio que irá contornar a área a ser bordada. O fio é uma linha de algodão mais grossa, n.10, e passamos cera ou parafina no fio para que as contas e miçangas corram melhor. Cortamos o fio num tamanho maior do que o tamanho necessário para contornar a área desejada e vamos colocando as contas ou canutilhos nesse fio.

Depois prendemos o fio no local desejado com um linha de algodão mais fina, com fio duplo, e a cada duas contas ou um canutilho, damos uma laçada prendendo o fio com as contas no tecido. É muito importante prender o fio de forma bem firme, sem que fique solto ou frouxo. O tempo todo é bom ir puxando o fio para ver se ele está bem posicionado.

Depois de prendermos todos os contornos de uma determinada área, preenchemos o bordado com lantejoulas ou paêtes, presos com miçangas da mesma cor. Temos que prender uma por uma, e para fazer os cantos e curvas, é necessário cortar as lanetjoulas ou paêtes para que caibam no espaços e não fique nenhum espaço vazio.

Achei mais interessante ir fazendo o trabalho aos poucos, ou seja, contornando um pouco e preenchendo os espaços em seguida, para não cansar demais. O trabalho pode ser um pouco monótono quando estamos fazendo a mesma coisa em uma grande área, mas essa monotonia é também interessante – e um tanto hipnótica. É como os mantras que são entoados, repetindo sempre as mesmas palavras, a gente entra em transe fazendo esses bordados…

Para o Telémaque sempre devemos utilizar a mesma cor de miçangas e lantejoulas ou paêtes, mas eu fiquei imagindo que também deve ser bem interessante fazer um jogo de sobreposições, utilizando cores diferentes. Na verdade eu até tentei fazer uma combinação assim, mas ele não deixou. Eu ia colocar miçangas amarelinhas com os paêtes brancos, mas ele trocou pelas brancas…

Bem, na verdade esse primeiro modelo foi apenas uma experiência, um treino e prática. Já mandei fazer uns bastidores maiores e até uma mesa de apoio para os bastidores e pretendo criar minhas próprias bandeiras, aí vou poder soltar a imaginação. Nas aulas eu sou uma aluna bem comportada, acatei tudo que meu professor falou…

O que posso dizer é que adorei conhecer o Telémaque, passei duas tardes bem agradáveis com pessoas interessantes e a possibilidade de trazer mais um universo de cores para o meu ateliê – o mundo das miçangas e lantejoulas – é muito legal!

Meu próximo trabalho de bordados haitianos até já está a caminho, vou participar de uma exposição no final do ano no Memorial da América Latina e pretendo juntar técnicas de diversos países latinos das américas, inclusive esse.

Já tenho em meu ateliê um cantinho especial para fazer esse trabalho, e pretendo montar uma exposição ano que vem só com essa técnica. Como é um trabalho demorado, tenho que começar logo a preparar as peças, e penso que o melhor é ir fazendo um pouquinho por dia. Adorei aprender essa técnica, não só pelo resultado final, mas também porque esse envolvimento com um trabalho de longa duração foi bem importante, algo que acredito estava faltando para mim.

É isso, pessoal, espero que tenham gostado… E até amanhã!