A HISTÓRIA DE NAPOLEÃO II

Como eu havia prometido a vocês, aí vai a história do Napoleão II, meu coelho de estimação:

Tudo começou ano passado, mais ou menos em abril de 2009. Minha filha, Ana, que mora em uma república de estudantes em Botucatu, no interior de São Paulo (ela está agora no terceiro ano da Faculdade de Biologia), me ligou para contar que ela e suas amigas tinham arrumado um animalzinho de estimação, um coelho. Na época elas moravam em um apartamento, por isso precisava ser um animalzinho pequeno, e lá no interior é muito fácil encontrar coelhos filhotes.

Quando elas entraram em férias, em julho, a Ana foi a última deixar a república. Fomos buscá-la e ela nos pediu para trazer seu coelho, Napos (ou Napoleão), para cá porque naturalmente ele não poderia ficar lá em Botucatu sozinho. Uma amiga dela iria pegá-lo para levar para um sítio no final de semana. Chegamos com ele numa quinta a noite e na segunda-feira ele ainda estava numa caixa plástica, na lavanderia, esperando a amiga que nunca veio…

Me deu muita pena deixá-lo preso, mas nós temos dois cachorros que ficam no quintal (o Skip, um beagle, e a Lica, uma labrador fêmea), por isso eu não queria ficar com ele. Mas eu estava com muita pena de deixá-lo na caixa, e como nossa casa tem um jardinzinho pequeno e fechado na parte da frente, isolado do quintal, resolvi soltá-lo lá, para que ele pudesse tomar um pouco de sol e correr, ter mais espaço. Quando ele se viu naquela grama arrumadinha, com plantas, sombra, pedras, ele ficou tão feliz, precisavam ver, parecia um coelho de desenho animado, corria de um lado para o outro, pulava nas plantas – era como se ele sempre tivesse morado lá… Acabei me afeiçoando ao bichinho e pedi para minha filha deixá-lo conosco.


Napos

Ele se chamava Napos porque quando as meninas o compraram (por R$ 5,00!) ele veio em um caixa de guardanapos, e como ela estava cortada, só se lia “napos”… Aí as meninas passaram a chamá-lo de Napos, e Napoleão era seu apelido. Ele era menorzinho, todo cinza. Como foi criado com as meninas, ele gostava de ficar no colo, era uma gracinha!

Ele ficou conosco por 45 dias. No dia que fomos levar a Ana de volta para Botucatu (ano passado as férias foram prorrogadas por causa da gripe A, vocês se lembram?), num sábado, ele começou a passar mal, ficava só parado, com uma orelhinha caída…Dava pra ver que ele não estava bem. No domingo eu corri atrás de um veterinário especializado, e na segunda-feira eu o levei para o hospital.

Ele fez exames, tomou remédios, mas não sobreviveu… A veterinária não soube dizer o que ele teve, e eu fiquei muito, muito chateada, porque ele estava em meu colo quando morreu, me deu muita pena e eu gostava realmente dele. Fiquei bem triste…


Napos

Claro que depois disso todos me diziam para arrumar outro coelho, porque assim eu não sentiria tanta falta do Napos, mas assim como eu não havia escolhido ter o Napos, não queria decidir ter outro coelho. Fiquei realmente chateada, e não queria que acontecesse de novo – ficava imaginando que se eu tivesse outro coelho ele poderia ficar doente também… Até fui olhar uns filhotinhos lindos numa loja, mas não quis pegar outro.

Passaram-se uns três meses, e em outubro meu filho Rafael chegou em casa num domingo trazendo outro coelho para mim, todo branquinho e cinza, um pouco maior que o Napos. Resolvi chamá-lo de Napoleão II.

Ele tinha uns 45 dias quando chegou, era uma graça, mas estava muito, muito assustado. Na chácara aonde ele nasceu ele ficava em uma gaiola com outros filhotes da mesma ninhada, e quando o soltamos no jardim, sozinho, ele ficou assustado, em uma moita, parado, por uns dois dias. Quando eu me aproximava ele corria assustado. Achei que não ia dar certo, que ele não ia se adaptar de jeito nenhum, e foi até meio frustrante…


Napoleão em seu jardinzinho

Mas em pouco tempo ele se adaptou totalmente, tomou conta do jardim, até descobriu uma toca perfeita, embaixo do piso da entrada. Um dia eu saí lá fora e levei um baita susto, um montão de terra no jardim… Depois percebi que ele havia cavado a toca. Como ele havia crescido, o buraco que já existia não servia para ele, precisava ser maior!


Toca do Napoleão

Ele passa o dia todo por lá, só sai por volta das 17h, e aí fica a noite toda acordado, até umas 7h.. É muito legal! E ele adora correr e pular quando quer brincar. Eu fico batendo palmas e ele pula conforme o barulho, ele atende quando eu o chamo, e ele simplesmente ADORA um cafuné atrás da orelha, fica todo derretido… Como está muito quente esses dias, ele deita no chão de pedra com a barriga, com as patas pra trás, é muito engraçado!


Napoleão pulando

Essa é a hsitória do Napoleão, eu nunca poderia imaginar que um coelho fosse um bichinho de estimação tão bacana de se ter. É uma diversão para mim brincar e cuidar dele.

É isso, pessoal… Depois vou colocar aqui as fotos da Lica e do Skip. Beijão!


Napoleão fazendo pose…


Um comentário em “A HISTÓRIA DE NAPOLEÃO II”

  1. É verdade, Bianca, dá muita pena mesmo dos bichinhos maltratados que a gente vê por aí…Mas eu sei que o Napos teve uma vidinha feliz com a gente, e isso me conforta…
    O Napoleão está forte e saudável, por isso acho que ainda vou ter muitas alegrias com ele…
    E logo vou contar as histórias do Skip e do Lucas aqui.
    Beijão e até amanhã!

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