CrisCast #2 – Visita ao Museu do Folclore e Rosemaling

Segundo podcast no meu canal CrisCast, nesse eu conto como foi a visita que fiz ao museu do Folclore em Oslo, e as pinturas Rosemaling que vi por lá.

Ouça aqui. 😀

https://soundcloud.com/cristina-bottallo/criscast-2-visita-ao-museu-do-folclore-em-oslo-e-o-rosemaling

Nesse post, que publiquei mês passado, eu mostro algumas das peças que encontrei no museu.

E abaixo, fotos das casas tradicionais da Noeruega, que fazem parte da exposição do Museu do Floclore:

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E falando um pouco mais sobre a pintura Rosemaling, lá no museu eu encontrei esses dois livros, muito bacanas. Infelizmente eles estão em norueguês, então só vai dar para ver as imagens e tentar entender um pouco de que se trata… Mas como sempre adoro livros, esses vieram para fazer parte de minha biblioteca especial de livros de arte. 😀

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Também foi lá no museu que encontrei uma história mais precisa sobre a origem dessa pintura.
Lá está um texto que reproduzo abaixo, e que esclarece bem como foi que o Rosemaling se tornou popular não apenas na Noruega, como em todo mundo das artes decorativas. Todos os países da Europa tiveram um história semelhante, e desenvolveram suas próprias técnicas de pintura decorativa ou folk art, como o Bauernmalerei na Alemanha, e até mesmo a Pintura barroca, aqui no Brasil.

“Ao longo dos anos 1800, as mudanças radicais na estrutura social reduziram as possibilidades de se manter vivas as tradições do do folclore. No final do século XVIII, não havia mais a condição necessária para que se mantivesse a produção específica de artesanato rural. O crescimento da indústria havia transformado os artesãos rurais e sua produção em algo supérfluo, e algumas das mais antigas linhas de artesanato tradicional morreram.

A decoração das casas e objetos de uso doméstico estavam cada vez mais influenciadas pelas novas tendências urbanas e pelo desenvolvimento industrial. Mas, enquanto a arte popular estava perdendo espaço em seu ambiente original, tornou-se também objeto de crescente atenção dos habitantes da cidade. As muitas e variadas formas de expressão na arte popular, usando diferentes materiais e técnicas decorativas, mudaram e declinaram durante todo aquele período, por pouco mais de um século, até o início dos anos 1900. E dentre as muitas técnicas de artesanato popular, foi a justamente a pintura Rosemaling que durou mais tempo, mas mesmo assim aplicadas apenas a alguns móveis e pequenos objetos.

No espírito do romantismo nacional, a arte popular foi considerada um exemplo para os artesãos urbanos e pintores decorativos urbanos, servindo de contrapeso aos bens produzidos industrialmente. E então, cópias de produtos de “folk art” passaram a ser produzidos para atender a procura dos cidadãos de classe média, ao mesmo tempo que alguns artistas começaram a usar a arte popular como inspiração para suas novas obras. Mas nas áreas rurais a criatividade popular se desenvolveu em outras direções, e muitas das técnicas tradicionais acabaram se perdendo.”*

* Texto do museu Norsk Folkemuseum em Oslo, e que eu traduzi livremente.


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