Falando um pouquinho sobre arte

Semana passada foi repleta de arte para mim, consegui visitar duas exposições que eu queria muito ver e ainda pude ir ao teatro assistir uma peça relacionada às artes plásticas também.

Comecei visitando a exposição do Goeldi, no MAM, que fica no Parque do Ibirapuera, um lugar que adoro frequentar.O Goledi foi um dos maiores xilogravuristas do nosso país, e seu trabalho, classificado como expressionista, é de uma vibração impresisonante.
Suas xilos, sombrias, retratam o cotidiano das ruas, as pessoas, a chuva, cenas de crimes (Goeldi também era ilustrador e colaborou com vários jornais com sues desenhos e ilustrações).
A exposição no MAM é muito completa e interessante, e há, ainda, ar eprodução de seu ateliê em um espaço reservado, bem ao lado do próprio ateliê que o MAM mantém aberto aos visitantes, e que aparece nessas fotos ao lado.

É muito bacana chegar em uma tarde de sexta-feira qualquer e encontrar um espaço repleto de pessoas trabalhando com matrizes, ferramentas e tintas, e produzindo suas próprias gravuras ao lado de uma exposição tão importante de um artista tão especial. Muito bom!

Depois, no domingo passado, fui visitar a exposição de Jasper Johns no Instituto Tomie Othake, um lugar lindo que também adoro frequentar… A exposição, chamada Pares Trios Álbuns apresenta gravuras em metal, litografias e serigrafias, além de desenhos, desse artista norte-americano que foi um dos ícones da pop art. E não foi por acaso que eu escolhi essas duas exposições. Tenho buscado, cada vez mais, me aproximar dos trabalhos com gravura e em papel, que são meu preferidos…

Ao visitar o Instituto, também encontrei um espaço de ateliê decorado com a produção dos frequentadores, e que aparece no mural acima. Mais uma vez a sensação de que a arte pode estar presente na vida das pessoas, mesmo as que não vivem de arte, foi muito boa…

E, por fim, também visitando o Tomie Othake, comprei ingressos para a peça Vermelho, que reproduz cerca de dois anos da vida do artista Mark Rothko, em seu ateliê, em que ele produz uma série de pinturas encomendadas para o restaurante Four Seasons, de Nova York. Na peça, o artista, que é interpretado por Antônio Fagundes, convive com seu assistente (interpretado pelo seu filho e ator Bruno), o personagem fictício Ken, estudante de artes. A peça é baseada em um episódio real da vida de Rothko, porém o autor da peçaa permitiu-se criar esse personagem para que Mark pudesse discutir sua produção e criação.

A peça é muito interessante, muito bem interpretada, com um cenário e iluminação incríveis, de Jorge Takla, que também dirige o espetáculo. Vale muito a pena ver, e é particularmente interessante para quem vive de arte e criação, nos faz refletir sobre o nosso trabalhos e as dificuldades de lidar com ele. Gostei muito.

Ainda foi pouco o que consegui ver nesses dias, mas foi o que eu consegui. Com a vida corrida e cheia de compromissos que levamos, é simplesmente impossível aproveitar tudo o que uma cidade como São Paulo nos oferece…

Hoje, novamente domingo, resolvi deixar de sair para visitar mais exposições por boas causas. Além de precisar descansar um pouco (ok, já consegui dar minha dormidinha-matinal-pós-corrida-de-domindo hoje), quero curtir minha casa e o espaço que uso com ateliê aqui, escrever um pouco mais, organizar meu blog, fazer uns trabalhos diferentes, coisas que não consigo fazer durante a semana. E é isso que já estou fazendo…

Um ótimo domingo para vocês, e uma semana ainda melhor!

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