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BORDADOS DO HAITI – 251

Bom dia!

Bem, vocês talvez não se lembrem, mas eu comentei em julho que estava fazendo um curso de bordados do Haiti. Demorei bastante para finalizar o trabalho, mas finalmente consegui:


Bordado que eu fiz, a flor-coração, símbolo do meu ateliê

Esse trabalho é típico do Haiti e está ligado à tradição sagrada do Vodu, que é a religião majoritária do país, uma religião semelhante ao nosso Candomblé. Nessa religião é costume o uso de bandeiras bordadas com imagens das diferentes divindades e cenas religiosas, tanto nos cerimoniais e rituais como nos templos religiosos.

Pois bem, um dos maiores mestres dessa arte, o artista Yves Telémaque esteve aqui em São Paulo, expondo seus trabalhos no Museu Afro Brasil, e também deu algumas oficinas da técnica. Eu tive a satisfação de participar de uma delas.

Na foto eu apareço ao lado dele, que está sentado. O rapaz em pé é o Daniel, que foi contratado para ser uma espécie de tradutor durante o curso. O artista só fala o crioulo, idioma oficial do Haiti, língua que mistura um pouco de francês com um dialeto africano, por isso a aula praticamente foi com mímicas. O Daniel é do Senegal, e também não fala crioulo, mas ele e o Telémaque trocavam algunas ideias em francês e ele passava para o português.

Eu fiz o trabalho acima, a flor-coração do meu ateliê como uma pequena amostra da técnica. O trabalho consiste em contornar o desenho com um fio feito de contas, miçangas ou canutilhos e depois bordar os motivos, preenchendo-os com lanetejoulas e paêtes.

Não é complicado, mas é muito, muito trabalhoso. Acho que levei umas boas 20 horas (ou perto disso) para bordar o modelo acima, e olha que ele mede 18×22 cm apenas! Imaginem quanto tempo leva para bordar uma bandeira com desenhos ricamente elaborados e cheia de detalhes, na medida de 70×90, que era o tamanho padrão dos trabalhos expostos… Nem consigo imaginar!

O trabalho é feito em um bastidor, de forma que a parte de trás do tecido fique exposta para ser trabalhada, e esse bastidor deve ter uma medida um pouco maior que o tamanho do bordado que você irá fazer. O tecido utilizado é algodão cru fino e deve ser dobrado ao meio e preso no bastidor em camada dupla. Isso é importante para dar mais firmeza ao trabalho. Em seguida fazemos o desenho do motivo a lápis.

Primeiro preparamos o fio que irá contornar a área a ser bordada. O fio é uma linha de algodão mais grossa, n.10, e passamos cera ou parafina no fio para que as contas e miçangas corram melhor. Cortamos o fio num tamanho maior do que o tamanho necessário para contornar a área desejada e vamos colocando as contas ou canutilhos nesse fio.

Depois prendemos o fio no local desejado com um linha de algodão mais fina, com fio duplo, e a cada duas contas ou um canutilho, damos uma laçada prendendo o fio com as contas no tecido. É muito importante prender o fio de forma bem firme, sem que fique solto ou frouxo. O tempo todo é bom ir puxando o fio para ver se ele está bem posicionado.

Depois de prendermos todos os contornos de uma determinada área, preenchemos o bordado com lantejoulas ou paêtes, presos com miçangas da mesma cor. Temos que prender uma por uma, e para fazer os cantos e curvas, é necessário cortar as lanetjoulas ou paêtes para que caibam no espaços e não fique nenhum espaço vazio.

Achei mais interessante ir fazendo o trabalho aos poucos, ou seja, contornando um pouco e preenchendo os espaços em seguida, para não cansar demais. O trabalho pode ser um pouco monótono quando estamos fazendo a mesma coisa em uma grande área, mas essa monotonia é também interessante – e um tanto hipnótica. É como os mantras que são entoados, repetindo sempre as mesmas palavras, a gente entra em transe fazendo esses bordados…

Para o Telémaque sempre devemos utilizar a mesma cor de miçangas e lantejoulas ou paêtes, mas eu fiquei imagindo que também deve ser bem interessante fazer um jogo de sobreposições, utilizando cores diferentes. Na verdade eu até tentei fazer uma combinação assim, mas ele não deixou. Eu ia colocar miçangas amarelinhas com os paêtes brancos, mas ele trocou pelas brancas…

Bem, na verdade esse primeiro modelo foi apenas uma experiência, um treino e prática. Já mandei fazer uns bastidores maiores e até uma mesa de apoio para os bastidores e pretendo criar minhas próprias bandeiras, aí vou poder soltar a imaginação. Nas aulas eu sou uma aluna bem comportada, acatei tudo que meu professor falou…

O que posso dizer é que adorei conhecer o Telémaque, passei duas tardes bem agradáveis com pessoas interessantes e a possibilidade de trazer mais um universo de cores para o meu ateliê – o mundo das miçangas e lantejoulas – é muito legal!

Meu próximo trabalho de bordados haitianos até já está a caminho, vou participar de uma exposição no final do ano no Memorial da América Latina e pretendo juntar técnicas de diversos países latinos das américas, inclusive esse.

Já tenho em meu ateliê um cantinho especial para fazer esse trabalho, e pretendo montar uma exposição ano que vem só com essa técnica. Como é um trabalho demorado, tenho que começar logo a preparar as peças, e penso que o melhor é ir fazendo um pouquinho por dia. Adorei aprender essa técnica, não só pelo resultado final, mas também porque esse envolvimento com um trabalho de longa duração foi bem importante, algo que acredito estava faltando para mim.

É isso, pessoal, espero que tenham gostado… E até amanhã!


BAÚ COM ROSAS – 250

Oi, pessoal, boa tarde.

Hoje o post entrou mais tarde, eu já havia dito que o dia está preguiçoso, não é mesmo?

Bem, aproveito para deixar uns recadinhos aqui… Amanhã estarei no programa Sabor de Vida, da TV Aparecida, participando da festa especial de 5 anos de aniversário do programa. Irei para lá com o Marcelo Darghan, com o Peter Paiva e com a Rosana Pardo, e muitos outros artesãos estarão lá também, então a festa promete ser uma diversão só…

E na quinta-feira irei apresentar uma aula no programa Mulher.Com, da TV Século XXI. Farei um trabalho de pintura bauernmalerei em madeira. Quem puder, assista!

Bem, vamos ao post do dia:


Caixa com rosas

Esse trabalho com máscara líquida para artesanato é muito bacana, e eu adorei essa peça. E o melhor, é bem fácil de fazer. Ah, e na página MINIAULAS há um vídeo em que trabalho com essa mesma máscara em outra peça de madeira, vale a pena para quem ainda não viu e que entender melhor o processo de aplicação da máscara passar por lá e dar uma olhadinha…

A peça, de madeira natural, apenas foi lixada e bem limpa antes do trabalho. Recomendo que vocês utilizem pelas de madeira natural, que ficam muito mais bonitas, mas temabém é posível fazer esse trabalho em peças de MDF.

Com a Máscara Líquida para Artesanato faça as rosas em todas peças, utilizando um pincel redondo de pelos, de preferência usado. Passe sabão no pincel para que a máscara não grude nos pelos (pode ser qualquer tipo de sabonete ou sabão em pedra). Desenhe as rosas com círculos, já imitando o fromato das flores. E desenhe também as folhas.

Aguarde secagem por cerca de 20 minutos. A máscara irá secar e formar uma película emborrachada. Aplique com um pincel chato e largo o Médium Envelhecedor na cor betume em toda peça, passando por cima das aplicações de máscara. Passe o médium envelhecedor também por dentro do baú. Retire o excesso de produto com um paninho e aguarde secagem por alguams horas. Quando mais tempo secar, melhor…

Retire a máscara deslizando os dedos pela peça. A película sairá facilmente. Utilize um paninho de malha que não solte pelos para facilitar a retirada da máscara sem machucar os dedos. Vocês verão que as flores e folhas estão desenhadas na peça, que agora tem todo fundo pintado de médium envelhecedor betume.

Agora será muito fácil fazer a pintura dos motivos: com tintas acrílicas foscas nas cores rosa chá, rosa escuro e branco faça os diferentes tons de rosa para pintar as flores e com o verde kiwi puro e misturado com o branco pinte as folhas. O charme desse trabalho é deixar uma margem sem pintura em volta dos motivos (veja nas fotos). Nada mais fácil…

E para finalizar, apenas aplique cera em pasta incolor por toda peça, por dentro e por fora. Aguarde secagem e lustre com uma flanela.

Espero que vocês tenham gostado… e amanhã, como vocês já sabem, tem mais.


QUADRINHOS COM FELTRO – 249

Oi, pessoal, bom dia…

Agora sim o tempo esfriou por aqui, como, aliás, já estava previsto. A frente fria chegou e se não trouxe chuva, pelo menos a umidade voltou a melhorar, ainda bem. Aproveitei o domingo preguiçoso para ir ver a exposição do Keith Haring no Conjunto Nacional ontem a tarde, e nem preciso dizer que adorei…

Artista e ativista dos anos 80 e 90, Keith Haring ficou conhecido pelos desenhos feitos a giz no metrô de Nova York e pelos seus grafites. Seus traços, de figuras sem rosto e cenas muitas vezes provocativas, foram pintados em murais de várias cidades do mundo, e posteriormente suas gravuras e pinturas também ganharam espaço em importantes galerias e exposições de Artes Plásticas. O que mais me encanta no trabalho dele é o uso da serigrafia como um dos prinicipais meios de expressão, uma arte vibrante, cheia de cor e contornos em preto (como eu gosto), rápida, dinâmica…

Muito bom, então o domingo já valeu!

Mas chega de conversa, não é mesmo? Vamos à técnica do dia:


Quadrinho com coração em feltro

Eu andei fazendo alguns trabalhos diferentes com botões, e confesso a vocês que estou adorando voltar a “brincar” com agulha e linhas… Até gravei um vídeo divertido com botões, então depois dêem uma olhadinha na página MINIAULAS.

Os quadrinhos do post de hoje são bem fáceis de fazer. Com alguns retalhos de feltro, linhas e botões é possível fazer as imagens coloridas e com traços simples, e as molduras, feitas com tampas de caixas das quais usei apenas a parte de baixo em outros trabalhos, receberam um pintura feita com pátina branca sobre fundo escuro. Vejam como fazer:


Lateral do quadrinho

A pátina foi feita da seguinte maneira: pintei o fundo da peça com Médium envelhecedor na cor dark chocolate. Apenas apliquei o médium sobre a moldura de MDF e retireo o excesso com um pano. Depois passei cera branca na peça e depois de algns minutos apliquei tinta acrílica fosca branca. Aí é só deixar secar bem por algumas horas (de preferência de um dia para outro). E só então lixe bem com uma lixa n.220.

Para fazer a decoração do quadrinho, pegue um pedaço de feltro no tamanho do fundo da moldura (ou um pocuo maior). Escolha uma cor neutra, como o marrom que escolhi. Depois recorte nos retalhos de feltro coloridos as formas que desejar, como o coração, o retângulo e os detalhes coloridos do coração.

Escolha alguns botões de cores e tamanhos diferenres e que combinem com as cores dos feltros. Borde os apliques com linhas de cores contrastantes. Não é necessário bordar toda extensão dos apliques, apenas alguns pontos em alguns detalhes e os botões serão suficientes para prender os apliques ao tecido do fundo.


Outro modelo, mesma técnica

Escolha as cores dos feltros de acordo coam as cores dos botões… ou vice-versa.


Detalhe do quadrinho

Eu aproveitei uma série de sobras de materiais para fazer esses quadrinhos. Como faleim, as molduras são tampas de caixas das quais eu utilizei a perte de baixo em outros prjetos. Os retalhos de feltro e linhas podem ser de sobras de outros trabalhos, assim como os botões. E nem por isso eles deixam de ser bonitos e interessantes. Estou gostando das criações com feltro… e pretendo fazer mais!

Até amanhã, pessoal! Ah, e não deixem de assistir ao novo vídeo na página MINIAULAS.


PINTURA EM PORCELANA FORMAS GEOMÉTRICAS EM CORES – 248

Oi, pessoal, bom domingo para vocês!

Esses dias de meio de feriado estão bem tranquilos por aqui… O pessoal sumiu! Tudo bem, a gente tem que aproveitar esses períodos para fazer outras coisas, então eu entendo. Só sinto falta de vocês por aqui.

Enquanto alguns passeiam por aí, vou sugerir mais uma ideia de pintura em porcelana, para fazer canecas, xícaras e outras peças utilitárias bem legal:


Xícara com figuras geométricas

Já falei muitas outras vezes para vocês sobre a tinta Decorfix 150, e vou repetir mais uma vez: essa tinta é muito fácil de usar e tem um resultado muito bacana. Não precisa de queima especial, não é a base de solvente ou óleo, não precisa preparar, nada disso.

Claro que existem algumas dicas de aplicação, afinal é um produto bem particular, então veja as dicas gerais para aplicação dessa tinta e também as dicas para fazer esse modelo da foto acima:

– Limpre muito bem as peças antes da pintura para tirar todo resíduo de gordura e pó. Lave com água e detergente e depois passe álcool na peça.

– Misture muito bem a tinta com um palito, removendo todo pigmento que fica depositado no fundo do frasco. Essa tinta é mais espessa e sedmenta demais (a resina separa-se do pigmento), não adianta agitar o frasco.

– As tintas são solúveis em água, mas não devem ser diluídas em excesso, se não perdem sua capacidade de aderência.

– Utilize pincéis de pelos macios para aplicar as tintas e não pincele várias vezes no memso local, caso contrário, a o invés de colocar tinta, você irá tirá-la. Como a porcelana é um material liso e o pincel desliza muito facilmente na peça, é natural que fiquem marcas das pinceladas (veja a foto do modelo).

– Se você quiser fazer técnicas mais pinceladas, é bom misturar um pouco de Médium Retardador, produto que retarda a secagem da tinta permitindo que ela seja trabalhada por mais tempo. Adicione de 2 a 3 gotas de Médium para cada porção de tinta, no máximo. Se você adicionar muito médium a tinta pode craquelar.

– Aguarde secagem da camada de baixo antes de aplicar a seguinte, caso queira fazer sobreposição de camadas de tinta. Ou mesmo se for contornar ou filetar a peça. A xícara acima foi pintada com todas as cores, aplicadas em pinceladas, e depois de agurdar a secagem, foi feita a aplicação da tinta Decorfix 150 metálica na cor ouro, para fazer os detalhes entre cada cor.

– Quando terminar completamente a pintura, aguarde 24 horas de secagem da tinta ao natural antes de levar a peça para queimar. A queima é fundamental para a fixação da tinta.

– Ligue o forno (caaseiro, a gás ou elétrico)na temperatura de 150 graus e aguarde 5 minutos para aquecer. Coloque as peças e deixe que queimem por 35 minutos. Desligue o forno e apenas retire as peças quando estiverem frias.

– Caso seu fogão marque como mínima a temperatura de 160 ou 180 graus, você poderá utilizá-lo também, apenas recomendo que coloque as peças na grelha amis alta do forno, o mais longe dos queimadores que puder.

Viram? Não poderia ser mais fácil… Dá até para pintar um jogo de chá completo! Bom domingo para vocês e até amanhã.


NATUREZA MORTA COM FRUTAS – 247

Olá, amigas (os)!

Juro para vocês, até eu que adoro calor estou sofrendo esses dias. O sol está mais forte que em pleno verão e a secura acaba com a gente! A pele fica seca e áspera, a boca, nariz e garganta secam e incomodam, o corpo fica pesado, parece que estamos com retensão de líquidos, ficamos inchados e desconfortáveis. Muito ruim! E confesso, até sinto saudades do inverno do ano passado, em que prtaicamente só choveu. Precisamos de água!

Bem, chega de conversa, post do dia:


Mesa com frutas

Eu adoro esse tema, natureza morta. Claro que gosto de dar meu toque e pintar os motivos com muitas cores – aquelas pinturas sem cor, apagadas ou com muitas sombras realmente não são do meu agrado. Mas se as pinturas são assim como as dos Matisse, com vários planos cheios de detalhes, texturas e grafismos, aí sim, eu gosto bastante.

E tenho feito naturezas-mortas há tempos, a primeira, inclusive, nem foi uma pintura, foi uma serigrafia, uma dos meus primeiros trabalhos:


Natureza morta em serigrafia

Essa serigrafia é do ano de 1986, século pasado, literalmente! Naquele tempo eu assinava Cristina de Carvalho, que é o sobrenome da minha mãe. Depois adotei o sobrenome do meu pai, Bottallo, porque descobri em um salão de Artes Plásticas que já havia uma Cristina de Carvalho.

Ah, e lembrando um pouquinho mais do passado, vocês sabem que me arrependo de não ter guardado toodas as minhas serigrafias daquele tempo, quando eu ainda estava aprendendo, experimentando? Me lembro de ter feito uma série de gravuras com a mesma imagem de um boneco com diversas impressões, mas quando me casei, no ano seguinte (1987) e deixei a casa dos meus pais e fui para minha primeira casa, bem menor, acabei jogando tudo fora, junto com um monte de trabalhos, outras serigrafias, projetos e cadernos da faculdade … Me arrependo muito… Por isso hoje eu não me desfaço de nada, um projeto que a gente começa e não gosta muito, depois de bastante tempo na gaveta porde virar um trabalho bem legal.

Bem, esses estão garantidos, estão todos na sala de almoço da minha casa, e eu olho para eles todos os dias… Até eu me enjoar, eles vão me fazendo companhia…


Natureza morta com janela

Se você gosta de pintura em telas e quer saber mais sobre o assunto, veja na LOJA do meu site o DVD e a revistas de telas que ofereço.

Boa tarde de sábado para vocês e até amanhã!


PÁSSARO PRÉ-COLOMBINO PINTADO EM TECIDO – 246

Olá, amigas (os)…

Mais um bom dia para vocês. Dia de trabalhar muito (estou quase sem peças para posts, acho que tenho só um ou dois trabalhos! Nossa!), dia de preparar mais MINIAULAS para gravar e de fazer os trabalhos para a semana que vem, que será curta…

Na verdade, às vezes os feriados me atrapalham um pouco. Antes que vocês fiquem bravas (os) comigo, já vou explicando, é que em dias normais eu consigo vir para o ateliê e produzir muito mais, e os feriados consomem esses meus dias úteis. E quando a gente trabalha com o que gosta, só quer fazer isso mesmo. E como eu não vou viajar, fico aqui só morrendo de vontade de trabalhar. Mas os feriados são dias para fazer outras coisas também, ver a família, quem sabe os amigos, ir ao cinema, sair um pouco. Nada mal…

Bem, chega de papo, vamos ao post do dia:


Almofada com pássaro pré-colombino

Esse pássaro que fiz, inspirado em desenhos pré-colombinos, é um dos motivos que mais gosto. Na verdade existem diversos desenhos como esse, de pássaros e outros animais, que podem servir como motivos bem interessantes para nossas pinturas.

Para esse modelo eu escolhhi fazer o fundo em tons pastéis, com as tintas para tecido em cores bem clarinhas como o rosa, amarelo, azul, lilás e verde bebê, e depois pintar o pássaro com cores bem vivas. Por fim, o contorno em preto, também como eu sempre costumo fazer.


Camiseta com o mesmo motivo

Fiz também uma camiseta pintada com o mesmo desenho, só que mais simplificado. Para fazer a pintura primeiro estiquei o tecido em uma placa de madeira preparada com cola permanente. Passei o risco e comecei a pintar o fundo, colocando as cores em tons de bêbe, uma ao lado da outra, e pincelado suavemente para mesclá-las bem. Aqui vai uma dica: as tintas para tecidos que demoram um pouquinho amis para secar são ideais para fazer esse trabalho. Dessa forma as cores se misturam de um jeito bem natural, sem deixar marcas no tecido.

Para a pintura dos motivos utilizei cores mais fortes, como já disse, e trabalhei primeiro aplicando uma cor em um tom mais claro, com um pincel de filamentos sintéticos, mais suave. Depois peguei um pincel de cerdas duras (desses de cabo amarelo) e fui batendo uma cor de tinta mais forte, de maneira a criar um efeito manchado com textura.


Detalhe da camiseta

O contorno tem um segredinho para ficar assim, bem marcado. Apliquei a tinta para tecidos com bisnaga e bico aplicador. Coloquei a tinta na bisnaga e a dilui com cerca de 15% de água. Para passar a tinta para a bisnaga, utilizei uma seringa sem a agulha. Aí fui fazendo o contorno, deixando a tinta sair da bisnaga naturalmente, sem presisonar demais o frasco. Deixei secar bem (a tinta aplicada assim leva mais tempo para secar, por isso aguardei de uma ida para o outro) e só depois retirei o tecido da placa. A tinta para tecidos aplicada dessa forma ficam em quantidade mairo, porém não fica em relevo (com0 a tinta 3D, por exemplo) e não tem acabamento brilhante, por isso o resultado é diferente e muito interessante.

Eu adoro esse resultado!
E se você também gosta de pintar em tecidos, visita e loja do meu site, lá você irá encontrar meu DVD de pintura em Camisetas, revistas com riscos e motivos, além de passo a passo e kit, como a almofada da peça acima, kits de tintas e pincéis.


DVD de Pintura em Tecidos