CORES (SEGUNDA AULA) – 243

Oi, pessoal, mais um bom dia para vocês… Na verdade, uma boa tarde agora. Me atrasei…

Vamos lá, continuando o post de hoje, vou falar um pouquinho mais sobre cores, sobre as sensações que elas nos causam e sobre a influência delas no ambiente. Para ilustrar, mais serigrafias:


Flores em amarelo

Muitas vezes as pessoas me perguntam, em aulas e workshops, como combinar as cores, que cor fica bem com que outra cor, como usá-las na decoração. E a maioria diz que não sabe como escolher as cores. Dias atrás eu estava comprando tintas para pintar a parte externa do meu ateliê de serigrafia, e conforme o vendedor ia preparando as tintas na máquina, ia colocando as latas com a tampa vazada mostrando a cor de cada tinta no chão. Aí chegou uma moça que estava procurando tintas para pintar a sala de sau casa e ela ficou encantada com aquelas cores todas, uma ao lado da outra (eram 18 ao todo). Ela ficou agitada vendo aquelas cores todas e começou a me perguntar se eu ia pintar minha casa com aquelas cores, como eu iria combiná-las, como eu iria usar tantas cores e, por fim, ela disse que queria escolher duas cores para pintar parte da sala que já tinha uma parede em azul e pediu uma sugestão.


Mesmas flores, outras cores

O exemplo acima só demonstra como as pessoas ficam anisosas diante das cores, e ouso dizer, sem motivos. E por que digo isso? Porque de fato não existem duas cores que não fiquem bem juntas. Pode apostar. Vou reproduzir o texto do livro “Da Cor à Cor Inexistente”, que já mostrei antes: “Assim como não existe em termos absolutos uma qualificação de cor bela e de cor feia, não existe também dupla de cores irreconciliáveis, impossíveis de serem combinadas. Uma cor combina com outra por afinidade, semelhança, aproximação etc, ou por contraste, dessemelhança, oposição etc.“. E quem vai discordar dessa afirmação? Adoro essa frase!

Bem, claro que existem artifícios e maneiras de se aproveitar das sensações das cores para tirar maior proveito das composições para que elas sejam mais harmoniosas e agradáveis. E para compreender isso, nada melhor do que entender um pouco mais as sensações que as cores nos causam.

Vou utilizar abaixo algumas das definições mais amplamente conhecidas sobre as sensações que as cores nos causam. Essas definições são utilizadas por profissionais de diversas áreas em seus trabalhos: psicoterapeutas em suas clínicas, decoradores e arquitetos em suas construções, designers em seus projetos, publicitários em suas campanhas etc. E, naturalmente, artistas e artesãos, ou seja, profissionais das artes visuais também podem se beneficiar desses conhecimentos.

– Amarelo: o amarelo é a cor da agitação, do movimento. Naturalmente, por ser a cor do sol (ou pelo menos a cor a ele associada), tendemos a ver essa cor como a cor da energia. Também associamos aos sentimentos de fome e urgência, por isso é uma cor muito presnete em restaurantes fast-food.

– Verde: o verde é a cor mais presente na natureza e por isso representa a HARMONIA, o equilíbrio. É uma cor que favorece a tranquilidade.

– Violeta: é uma cor de vibração intensa, porém, por ser mais rara na natureza (e também um pigmento difícil de ser obtido), as cores como o violeta e o roxo podem ser cansativas e devem estar presentes em quantidades menores nos ambientes para não criar um certo desconforto. Por outro lado, é uma cor que sugere raridade, o que é positivo.

– Azul: o azul é a cor da introspecção, do recolhimento. É também uma cor favorável á quietude, ao estudo, ao silêncio. E, naturalmente, tais sensações estão diretamente ligadas o fato do céu ser azul.

– Vermelho: é a cor de maior expansão, ligada aos sentimentos passionais (é a cor do sangue), é estimulante e ligada às comunicações. Por isso tantos avisos, placas, sinais e folders levam essa cor. Por ser estimulamte, também deve ser usada com moderação em determinados ambientes para não criar uma agitação extrema.


Outro modelo de serigrafia com flores

E justamente porque as cores são sensações é que os mesmos motivos pintados com combinações diferentes de cores podem paracer tão distintas, como vocês podem observar nos modelos que coloquei aqui.


Mesmo modelo, outras cores

Amanhã vou encerrar a sequência de posts sobre cores com orientações de como combiná-las e algumas dicas práticas de como escolheras a cores para seus projetos em seu ateliê. Não deixem de passar por aqui, ok?

Até amanhã!


8 comentários em “CORES (SEGUNDA AULA) – 243”

  1. olá cris que bom poder sempre ajudar as pessoas com certas indecisões o mesmo acontece comigo em lojas de roupas é uma sensação inexplicavel ainda bem que ela consultou a pessoa certa nè?
    estão muito lindas e muito bem explicadas as definições de cores …….amei…..agora é só tentar………………..bjks

    1. Nem sei seu eu de fato ajudei, Eni, a moça ficou mais confusa… É qie eu falei que qualquer cor combinava com a parede azulm tudo dependia do que ela queria para sua sala… Mas é um tema mais complexo mesmo, por isso a ideia dos posts… Mas valeu. Beijos…

  2. Oi Cris! Muito bacana seu post sobre cores (como todos os outros também)! Obrigada por dividir conosco seus vastos conhecimentos!
    Bjs.

    Eliane Moutinho

    1. Osmar, claro que a escolha das cores algo muito pessoal. Mas eu gosto muito de combinar tons de amarelo com azuis. Procure usar um azul mais para o turquesa, que tenha um pouco de amarelo em sua formulação. Assim ficará melhor… Boa sorte!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.