Boa tarde!

No mesmo dia em que visitei a Casa do Artista e almocei no Gato que Ri, passei no Memorial da América Latina para dar uma última olhada na exposição Mão da América, da qual fiz parte, e que terminou no dia 13/02.

Vista parcial do Memorial da América Latina

O Memorial fica no bairro da Barra Funda, em São Paulo, em frente à Rodoviária e Metrô Barra Funda, zona oeste da cidade. Inaugurado em 18 de março de 1989, foi criado para difundir as manifestações latino-americanas de criatividade e saber, sempre com o objetivo de interagir relações culturais, políticas, econômicas e sociais. Em uma área com 84.480 m², o arquiteto Oscar Niemeyer projetou o espaço em cima de um projeto cultural desenvolvido pelo sociólogo brasileiro Darcy Ribeiro, que sempre defendeu a integração da América Latina. Vocês poderão conhecer mais sobre esse espaço e a programação cultural no Serviço:

Memorial da América Latina
Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – Zona Oeste (Metrô Barra Funda)
Tel.: (11) 3823-4600
Site: www.memorial.sp.gov.br
Horário: De terça a domingo, das 9h às 18h – Grátis

Outra vista do Memorial

Monumento “Mão da América”

A proposta da exposição Mão da América foi a seguinte: 50 artistas do Brasil e de alguns países da América Latina receberam réplicas do monumento Mão da América, que está no Memorial, e trabalharam com técnicas variadas, cada um expressando sua própria interpretação do monumento.

Meu trabalho é um relicário, e o nome da obra é “Santa Latina!”. No catálogo da exposição tínhamos que colocar um pequeno texto que descrevesse nossas obras, e eu coloquei o seguinte:

“Santa Latina, Santa América Latina! O relicário é a lembrança de que ela está sempre viva em nós: as mãos da América estão em cada elemento que a compõem.”

Minha inspiração veio dos povos de cada um dos países da América. São povos religiosos, crentes, supersticiosos. Povo que constroem, lutam, pedem. Povos que sofrem, amam, brigam, calam. E o relicário, repleto de artesanato, significa tudo aquilo que adoramos, que nada mais é o que somos capazes de fazer com nossas mãos. A América Latina é seu povo. E a reverência que faço é a todo os povos da América Latina.

Foi interessante ver tantos trabalhos, e todos tão diferentes. Cada pessoa cria algo particular, e isso me encanta. É possível que essa exposição seja montada em São Paulo, em outro local, e também no Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu. Vamos aguardar…

Santa Latina!

Eu fiz meu relicário da seguinte maneira:

Como a mão já vinha em uma tamanho padrão, aproximadamente 30 cm. mandei fazer uma peça de madeira para ser usada como relicário usando outros modelos que já tinha feito antes. Pintei a peça com tintas acrílicas decorativas de acabamento fosco, em tons de azul e laranja.

A base da mão eu pintei com tinta acrílica metálica ouro e a mão com tinta acrílica fosca branca. Passe uma demão de base acrílica para artesanato antes e 3 demãos da tinta ouro.

Na parte interna do relicário eu colei papel micro-ondulado pintado de ouro. Depois colei uma renda na parte superior, cordão decorado azul nas quinas e flores recortadas de tecido de chita, preparado com termolina leitosa. Finalizei colando chatons em formato de flores nas cores dourado e vermelho. Contornei as flores e fiz os miolos com tinta relevo glitter ouro.

Na parte externa do relicário também colei as flores recortadas de tecido de chita preparado com termolina para não desfiar. Colei com cola pano também alguns chatons e finalizei com tinta relevo glitter ouro. Depois fiz uns arabescos com tinta metálica ouro aplicada com o kit fine linner, a ponteira metálica, para ficar bem fininho. Apliquei verniz spray incolor em toda peça, para proteger.

Na montagem do relicário utilizei inúmeras peças de artesanato em miniaturas, todas trazidas de minhas viagens aqui no Brasil e em países como Argentina, Bolívia, Chile, Guatemala, Colômbia, Uruguai e México. também amarrei umas fitas do Sr. do Bomfim na mão. Bem típico do nosso país…

Fiquei contente em poder usar meus artesanatos nesse trabalho. Acho que não poderia utilizar nada melhor. Como já disse a vocês, tenho o hábito de colecionar artesanatos do mundo todo, e essa obra é perfeita para guardar e expor parte da minha coleção.

E assim terminei meu primeiro dia de passeio em São Paulo… mas amanhã tem mais!