XILOGRAVURA

Oi, pessoal, boa tarde!

Andei sumida. Não consegui me organizar ainda, ando descoordenada. Mas logo as coisas se encaixam de novo, espero…
Então vamos lá, diminuir o atraso. E, para começar, o post sobre xilogravura, que fiquei devendo… Quem ainda não assistiu ao vídeo, veja na página MINIAULAS. E para quem já viu, seguem mais informações:


Xilogravura “Peixes”

Acima vocês podem ver a foto da xilogravura que apresentei no vídeo de MINIAULAS que postei ontem. E abaixo segue um texto sobre essa técnica.

Xilogravura, em uma definição bem simples é a gravura feita a partir de uma matriz de madeira. Xilografia, o nome mais tradicional da técnica, é uma palavra composta pelos termos xylon e grafhein, que significam, respectivamente, madeira e escrever – escrita em madeira.

Acredita-se que a técnica seja de origem chinesa, e é conhecida desde o século VI. Mas foi no século XVIII, com a chegada das gravuras japonesas a cores na Europa e da criação da técnica de xilo de topo, por Thomas Bewick, que a xilogravura passou por uma transformação significativa.


Xilogravura abstrata em cores

Existem dois tipos de xilografia: a fio e de topo. Na xilografia ao fio (também conhecida como madeira deitada) o artista usa uma tábua, ou seja, um pedaço de madeira que foi cortado no sentido do fio da madeira (da copa à raiz). longitudinalmente ao tronco.

Na xilografia de topo (ou madeira em pé) no lugar da tábua é utilizado um disco de madeira cortado no sentido transversal da árvore, ou seja, perpendicular ao sentido do fio.

Os dois tipos de xilografia, embora sejam técnicas de gravura com madeira, são muito diferentes. Diferem quanto às ferramentas utilizadas, quanto ao tipo de madeira empregada, quanto à forma de se trabalhar. E, naturalmente por isso apresentam resultados bem diferentes também. Enquanto as xilos a fio apresentam grandes áreas lisas contrastadas (com tinta e ausência de tinta), as xilos de topo caracterizam-se pelo uso da linha branca, e dos meio-tons obtidos por traços muito finos. A xilografia é uma técnica de impressão mais econômica que as demais, já não utiliza equipamentos muito sofisticados nem caros.

As madeiras mais utilizadas na técnica são a peroba, o gatambu, a pereira, o nó-de-pinho, o pau-marfim, entre outras. As ferramentas utiizadas no entalhe da madeira são as goivas e formões, no caso da xilografia de fio e o buril, na xilografia de topo. E a tinta utilizada é tinta tipográfica, embora existam algumas marcas de tintas específicas para xilogravura.

A gravura em linóleo, que é um tipo de emborrachado liso e macio, é muito semelhante á xilografia, embora para muitos artistas seja considerada um tipo de gravura menos nobre. Também conhecida como linoleogravura, é também um tipo de impressão muito semelhante ao carimbo – é feito um entalhe na borracha, retirando-se algumas partes da superfície. Depois essa borracha é entintada e impressa.


Gravura em linóleo

Dentro do universo da Arte Popular Brasileira a xilografia ou xilogravura, como é mais utilizada aqui, é amplamente utilizada na literatura de cordel, que é a produção de poemas e escritos em forma rimada, que em sua origem eram apenas orais, declamados ou cantados acompanhados de viola popular mas que posteriormente passaram a ser impressos e ilustrados com a técnica da xilogravura. O Mestre Jerônimo, que expôs durante a Mega Artesanal, é um desses artistas.


Xilo do Mestre Jerônimo em preto e branco


Xilo do Mestre Jerônimo em cores

Natural de Esperança, na Paraíba, Mestre Jerônimo atualmente reside em Diadema, São Paulo. Seus pontilhados e o sol estilizado são suas marcas pessoais no trabalho com a madeira, e em sua obra, o que mais se destaca é o imaginário de suas criações, quando folhas, troncos e árvores são simbologias para vida e esperança. As crianças também sempre estão presentes em seus trabalhos.


Mestre Jerônimo em sua exposição na Mega



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